Mãe finge desaparecimento da filha e mantém em cárcere privado no Pará
Uma adolescente foi presa dentro de casa e dada como desaparecida pela própria mãe, que chegou a registrar o falso desaparecimento da filha em delegacia e pedir ajuda para encontrar a jovem. Na última terça-feira (15), a mentira da mulher foi descoberta e ela foi denunciada por vizinhos à polícia. A menor de idade segue acompanhada pelo Conselho Tutelar III. O caso aconteceu no conjunto Paar, em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém.
A adolescente foi dada como desaparecida no dia 12 de novembro e uma imagem com a foto da jovem começou a circular pelas redes sociais, informando, também, que ela era “especial”. No entanto, três dias depois, vizinhos da mãe da vítima descobriram que a garota estava presa dentro de casa pela própria mãe.
Antes de ser descoberta, a mãe chegou a registrar um boletim policial comunicando o desaparecimento da filha. O registro mediante informações mentirosas é crime, considerado contravenção, passível de prisão. Ela também chegou a procurar um veículo de comunicação local para pedir ajuda para encontrar a filha. Por duas vezes o caso foi publicado apelando pelas buscas da adolescente.
Conselho Tutelar desmente a mãe da garota
Em nota, o Conselho Tutelar de Ananindeua informou que recebeu uma denúncia dos moradores do bairro Paar de que uma mãe estava mantendo sua filha adolescente em cárcere privado e que, durante o translado da equipe até a residência da vítima, receberam a informação de que a menor de idade e sua mãe já se encontravam no 29º BPM.
O Conselho diz que está prestando assistência à jovem e desmente que ela tenha qualquer tipo de deficiência, como foi sugerido nos cartazes de busca:
“No momento, a adolescente, que não sofre qualquer tipo de deficiência, apenas de ansiedade e depressão, está sobre os cuidados da equipe do Conselho Tutelar Municipal de Ananindeua, o qual está fazendo todos os procedimentos cabíveis, como o encaminhamento da vítima aos órgãos competentes para melhor averiguar o caso e tomar as providências legais. Neste caso em questão, a vítima foi retirada do convívio familiar e levada ao serviço de acolhimento de Ananindeua para sua proteção física e psicológica”.