Quadrilha que realizava golpes financeiros é presa em Marabá
A Divisão de Combate a Crimes Patrimoniais por Meios Cibernéticos, da Polícia Civil, realizou em Marabá, cinco prisões temporárias e seis buscas domiciliares motivadas pelos crimes de furto mediante fraude eletrônica e associação criminosa.
A operação “Fake Centralles” investiga uma quadrilha que realizava golpes financeiros em correntistas do Banpará. Os acusados foram identificados como Fernando Leal da Silva, Erika Cristina Dias do Nascimento, Igor Ribeiro de Oliveira, Wagner Costa dias e Maria Cristina Ferreira Melo.
Os presos possuem relação com recebimento de quantias provenientes do crime e de acordo com a polícia, as investigações continuam no intuito de finalizar o inquérito com evidências suficientes da autoria e materialidade do crime, para que a denúncia seja apresentada no Ministério Público.
Os investigados são moradores de Marabá e alguns possuem relação de afinidade. Após os procedimentos de rotina, a quadrilha foi encaminhada para o sistema penal.
MODUS OPERANDI
Para concretizar os crimes, o bando fazia ligações telefônicas para as vítimas, simulando serem funcionários do banco em que elas eram correntistas. Na sequência, utilizando de “engenharia social”, os golpistas convenciam as vítimas a lhes fornecerem senhas e token do aplicativo bancário, ou que realizassem acesso a links maliciosos, uma forma de espelhar seus dados bancários.
Com as informações em mãos, a quadrilha realizava empréstimos de valores altos e, finalmente, efetuavam transferências bancárias para beneficiários intermediários e finais.
O termo “engenharia social” é usado para especificar a técnica utilizada por criminosos virtuais para induzir usuários desinformados a enviarem dados confidenciais, infectarem seus dispositivos eletrônicos com vírus ou abrirem links para sites maliciosos. Ademais, os hackers podem tentar explorar a falta de conhecimento do usuário.
Segundo o delegado Luiz Guilherme, responsável pela investigação e prisão dos acusados, por meio do depoimento dos presos a polícia espera descobrir qual a participação de cada um dos envolvidos e também chegar a outras pessoas que tenham ligação com o bando.
Ainda de acordo com o policial, os clientes de bancos precisam estar atentos para não cair nesses golpes. Devem principalmente não abrir links enviados por celular, porque é através disso que os criminosos acessam as senhas bancárias.
O nome da operação “Fake Centralles”, traduzido ao pé da letra para o Português, significa “Central falsa”, porque os acusados se passavam por funcionários da central de atendimento do Banpará.
Fonte: Correio de Carajás