Mãe acusa escola de deixar filho autista sujo de fezes e rodeado de moscas

A mãe de um aluno autista, de 5 anos, revoltou-se com a conduta de funcionários de uma escola no Distrito Federal, após ser chamada ao colégio e encontrar o filho, em um banheiro da instituição, com fezes escorrendo pelas pernas e rodeado por moscas. A situação, ocorrida na quinta-feira (8/12), no Centro de Ensino Infantil 02 de Planaltina, virou caso de polícia.

A mãe do menino, Tatiane de Souza, 40 anos, recebeu uma ligação da escola por volta de 10h20, alertando sobre o incidente com o filho. “A professora me pediu para levar roupas limpas e toalhas, porque Miguel havia feito cocô. Como moro longe da escola, demorei cerca de 30 minutos”, contou.

Quando chegou à escola, Tatiane viu um monitor escolar do lado de fora do banheiro. A criança estava seminua, sem o short e a cueca; vestia apenas uma camiseta. “Havia cocô espalhado pelo chão e escorrendo pela perna do meu filho. Tinha muitas moscas voando ao redor, então ele estava naquela situação havia muito tempo, e ninguém teve a humanidade de ajudar. Meu filho estava desesperado, tentando afastar as moscas”, desabafou a mãe.

Faxina no banheiro

Tatiane relatou que o monitor a conduziu a um local onde o filho poderia tomar banho. Logo depois, ele teria informado onde havia produtos de limpeza. “Ele deu a entender que eu poderia usar o material para limpar toda a sujeira. Foi muito traumático para mim e para o meu filho, que ainda foi motivo de chacota, feita por outras crianças que entravam no banheiro e viam toda aquela cena”, lamentou.

Houve uma discussão entre a mãe do aluno e os servidores da unidade de ensino, quando ela questionou o motivo pelo qual deixaram uma criança autista suja de fezes por cerca de meia hora, até que chegasse algum familiar. “Simplesmente falaram que eu deveria buscar meus direitos. Realmente fiquei muito nervosa e bati boca”, disse.

Funcionários do colégio foram a uma delegacia e registraram ocorrência contra a mãe do aluno, alegando desacato a servidor público no exercício da função.

Procurada pela coluna para se posicionar sobre o caso, a Secretaria de Educação informou ter instaurado um procedimento de investigação preliminar para apuração dos fatos. “Não é possível emitir maiores [sic] detalhes, tendo em vista a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e o Estatuto da Criança e do Adolescente”, resumiu a pasta.

Fonte: Metrópoles

Foto: Reprodução

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