Hackers fraudam bloqueio facial e furtam clientes bancários

Dois homens, de 25 e 28 anos, foram presos por furtarem R$ 700 mil de clientes de bancos em Campo Grande nesta terça-feira (13). De acordo com a investigação da polícia, os criminosos usavam a técnica de deepfake – entenda mais abaixo – para clonar os rostos das vítimas e acessarem aos aplicativos bancários em celulares. As identidades dos suspeitos não foi revelada pela polícia.

Para colocar em prática o crime, os hackers estudavam as vítimas pelas redes sociais, colhiam imagens dos rostos dos clientes dos bancos e acessavam as contas online para aplicar os golpes, como explica o delegado João Paulo Sartori.

A polícia não soube precisar há quanto tempo os bandidos atuavam em Campo Grande. Além dos suspeitos presos, computadores de alta tecnologia, outros dispositivos eletrônicos e um veículo foram apreendidos.

Os suspeitos foram levados a Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras). O caso foi registrado por furto qualificado pelo concurso de pessoas e fraude.

A criação de vídeos adulterados e realistas ficou muito mais simples com o chamado deepfake. Com ele, é possível colocar pessoas em situações constrangedoras ou, no mínimo, inusitadas. Mas o que esse termo significa?

Deepfake é uma técnica que permite mostra o rosto de uma pessoa em fotos ou vídeos alterados com ajuda de inteligência artificial. Para criar o material editado, basta ter um vídeo verdadeiro e modificá-lo com um dos vários aplicativos criados com essa finalidade.

Um dos usos mais preocupantes dessas ferramentas é a criação de vídeos pornográficos com o rosto de outras pessoas. Em 2020, um relatório da empresa Sensity indicou que nudes falsos de mais de 100 mil mulheres estavam sendo compartilhados na internet.

Fonte: G1/Mato Grosso do Sul

Foto: Reprodução

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *