Viatura da polícia colide com estação do BRT e deixa dois policiais mortos em Belém
Um acidente envolvendo uma viatura da Polícia Civil do Pará (PCPA) deixou o investigador Homero Gois e Silva de Souza e a escrivã Rejane Maria Oliveira da Silva mortos, na tarde desta segunda-feira (26), por volta das 16h, na avenida Augusto Montenegro, em Belém.
A tragédia ocorreu após o veículo colidir violentamente contra o muro do terminal de ônibus do BRT, na Estação Tapanã, localizada na confluência entre os bairros do Coqueiro, Parque Verde e Tapanã. Um terceiro policial civil, identificado como o investigador Clayton Pereira Vila Nova, ficou ferido e foi socorrido para um hospital particular.
Bruno Moraes Gomes, que estava preso e algemado no banco de trás do automóvel, sofreu um corte profundo na cabeça e precisou ser encaminhado ao Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua.
O estado de saúde das duas vítimas sobreviventes é desconhecido. Não há informações confirmadas se os ocupantes do veículo faziam uso do cinto de segurança. Também não se tem detalhes acerca da velocidade em que trafegavam. Imagens de câmeras de segurança deverão ajudar a polícia a esclarecer as causas e dinâmica do ocorrido.
Policiais militares do 24º Batalhão estiveram no local do acidente e informaram que a viatura era conduzida pelo investigador Homero. Rejane seguia no banco do carona. Bruno e Clayton estavam no banco de trás.
Ainda segundo a PM, um Volkswagen, modelo Voyager, de cor prata, teria invadido a pista expressa do BRT, pela qual o veículo da PCPA seguia. A viatura teria tentado fazer o desvio para não atingir o carro de passeio, mas acabou colidindo violentamente contra o muro da Estação do BRT.
O motorista do Voyager fugiu do local, de acordo com informações policiais.
Com a batida, o policial Clayton Pereira foi arremessado à frente e atravessou o para-brisa do carro, ficando preso às ferragens da viatura, assim como o investigador e motorista Homero, que morreu na hora. O Corpo de Bombeiros foi acionado para serrar as estruturas do automóvel e facilitar o trabalho de resgate dos passageiros que estavam com vida, bem como a remoção do cadáver de Homero por parte da Polícia Científica do Pará (PCP). Um caminhão-guincho removeu a viatura para que o veículo seja periciado.
Imagens compartilhadas nas redes sociais, logo após o acidente, mostram Clayton Pereira debruçado sobre o capô da viatura. Ele estava bastante ensanguentado na região do rosto. Rejane e Bruno também aparecem nos registros, ambos desacordados. Rejane e Clayton foram socorridos ao Hospital Porto Dias, no bairro do Marco, em Belém. A escrivã, que estava desde 2019 na PCPA, não resistiu aos ferimentos e morreu, no início da noite.
Os policiais civis são lotados na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) do distrito de Icoaraci, em Belém. Os agentes estavam conduzindo o preso Bruno Moraes Gomes para a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), onde ele ficaria à disposição do Poder Judiciário, quando se envolveram no acidente.
Pesar
Por meio de nota oficial, a Polícia Civil do Pará lamentou as mortes e disse que está prestando toda assistência necessária aos familiares das vítimas. “Um investigador de polícia morreu no local e uma escrivã, que foi encaminhada a uma unidade de saúde, também não resistiu aos ferimentos. Outro investigador de polícia e um suspeito que estava sendo conduzido no veículo ficaram feridos e foram encaminhados para atendimento médico.
Diligências estão sendo realizadas para identificar as causas do acidente. A Polícia Civil lamenta profundamente o ocorrido e reforça que está prestando toda a assistência necessária às vítimas e familiares”, diz o comunicado da instituição enviado à imprensa.
Sindpol
Após o acidente, o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado do Pará (Sindpol-PA) também se manifestou e lamentou as mortes, através de nota. “Nesse momento de profunda dor, manifestamos condolências aos familiares e amigos”, disse o sindicato.
Fonte: O Liberal