Considerado um dos maiores serial killers do país, Pedrinho Matador é executado em SP

Pedro Rodrigues Filho, conhecido como Pedrinho Matador, morreu assassinado a tiros, aos 69 anos, na manhã de domingo (5/3), em frente a residência em que morava, em Mogi das Cruzes (SP). Ele era considerado o maior assassino em série do país. Na ficha criminal do homem constavam 71 homicídios, no entanto, ele dizia já ter matado mais de 100 pessoas.

No momento em que foi morto, Pedrinho foi abordado por homens encapuzados que saíram de um veículo. Ele foi atingido por, ao menos, seis tiros. O assassinado justificava os crimes que cometia dizendo que matava pessoas que considerava ruins.

Após cometer os primeiros homicídios, Pedrinho fugiu para Mogi das Cruzes (SP), onde ficou conhecido por roubar bocas-de-fumo e matar pessoas relacionadas ao tráfico. Com o tempo, ele se tornou um dos líderes do tráfico da região e continuou assassinando os rivais.

Pedrinho Matador só foi preso aos 18 anos, em 1973. À época, acabou condenado a 128 anos de prisão. No entanto, foi justamente no sistema penitenciário que ele cometeu a maior parte dos assassinatos. Durante uma transferência entre presídios, mesmo algemado, ele matou um homem condenado por estupro.

Pessoas ruins

Pedrinho justificava os homicídios. Segundo ele, matava “pessoas que não prestavam”. Entre as vítimas, estavam estupradores e traidores. O homem dizia que não aceitava algumas condutas criminosas. Ele afirmava que nunca matou crianças, mulheres e pais de família.

O assassino tinha tatuado no corpo as frases “Sou capaz de matar por amor” e “Mato por prazer”.

Vingança

Pedrinho jurou vingança ao próprio pai. Quando o assassino confesso tinha 20 anos, o pai dele foi cumprir pena no mesmo complexo prisional, por assassinar a esposa com 21 facadas. Pedrinho o assassinou com 22 golpes de faca. Ele teria ainda arrancado e mastigado um pedaço do coração do genitor.

“Eu matei meu pai na cadeia. Estava preso já, fiquei 42 anos preso. Meu pai estava preso, arrumei um ‘bem bolado’ e cheguei até a cela do meu pai. Eu falei no caixão da minha mãe e jurei vingança. Eu só mastiguei [o coração]. Cortei o bico do coração e mastiguei, e joguei em cima do corpo”, contou Pedrinho, durante participação no podcast Flow-Verso.

O assassino matou também um velho amigo, acusado de matar uma das suas irmãs, e justificou dizendo “era meu amigo, mas eu tive de matar”.

Liberdade

Pedrinho foi solto em 2007, mas quatro anos depois, acabou condenado por crimes em motim e cárcere privado, cometidos durante seu cumprimento de pena. Ele teve de retornar à cadeia e cumprir mais 8 anos. Em 2018, o serial killer foi liberado novamente, aos 64 anos, após cumprir 42 anos de pena.

Antes de ser morto, Pedrinho mantinha um canal no Youtube chamado “Pedrinho ex-matador oficial“, onde ele conscientizava pessoas sobre o crime. Nos últimos anos, o assassino participou de diversos podcasts contando sua trajetória e deu várias entrevistas comentando sobre a criminalidade no Brasil.

Fonte: Metrópoles

Foto: Reprodução

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