Passageiros são impedidos de viajar de Óbidos a Santarém para tratamento de saúde
Na noite de quarta- feira (12) funcionários da embarcação VIP atracada no porto de Óbidos impediram que ao menos 10 pessoas seguissem viagem para realizar tratamento de saúde em Santarém.
Segundo informações, a secretaria de saúde do referido município não pagou a passagem das pessoas que tem direito ao TFD (Tratamento Fora de Domicílio), e por isso deviam descer do barco ou pagar por conta própria.
O impasse resultou na presença da polícia militar e de dois políticos para tentar resolver a situação. Ainda conforme informações dos pacientes, há cerca de 4 meses a prefeitura de Óbidos não repassa os recursos para as embarcações.
Muitos passageiros se sentiram constrangidos, pois não foram avisados. A maioria tinha consultas e até cirurgias marcadas na quinta-feira (13), em Santarém.
Após várias tentativas para entrar em consenso, uma embarcação que tinha como destino Oriximiná foi disponibilizada aos pacientes.
Posicionamento
Em nota, a prefeitura se manifestou afirmando que nos últimos meses, foram repassados mais de R$ 1 milhão para o transporte de usuários da rede municipal de saúde, assistidos pelo Tratamento Fora de Domicílio (TFD). Entraves burocráticos dificultaram o setor financeiro da secretaria de saúde de quitar os meses pendentes com a empresa que presta esse serviço, que é conhecedora da situação.
Mais uma vez, ações de cunho meramente político, fizeram “espetáculo” em cima da real situação de pessoas de bem, que precisam do serviço público.
Diante dos fatos registrados na noite de quarta-feira (12), a Prefeitura de Óbidos manteve contato com a empresa responsável pelo Ferry Boat OGP para realizar o transporte dos usuários que foram impedidos de embarcar nesta noite.
A Prefeitura informa ainda que o Setor de TFD está à disposição para atendimentos, por meio do contato (93) 99137-9444.
Por Diene Moura
O Impacto
A prefeitura tem que pagar pelo que contratou. Se há vários meses sem pagamentos é irresponsabilidade da gestão pública e quer que a empresa continue a fornecer o serviço sem receber, a gestão municipal está completamente errada em não realizar os pagamentos.