Greve – Profissionais da educação manifestam reivindicando reajuste salarial em Altamira
Com direito à banda e cartazes, os professores seguem com a greve e cobrando reajuste salarial em Altamira, sudoeste do Pará. Na manhã de quarta-feira (12), os educadores realizaram uma mobilização em frente ao Ministério Público do Estado do Pará (MPE).
“Nós estamos cobrando reajuste do magistério, atrasado desde janeiro, e cobrando também para merendeiras, vigilantes, auxiliar administrativo, todo mundo que trabalha no apoio”, afirmou a professora Bruna Cardoso.
Em Altamira são cerca de 25 mil estudantes matriculados na rede municipal. Cerca de 500 profissionais da educação aderiram ao movimento grevista. A categoria tenta um acordo com o executivo, e nesse caso, o Ministério Público do Pará atua como mediador.
Uma reunião foi remarcada para tentar diálogo com a Secretaria de Educação. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (SINTEPP), além de reajuste salarial, quem atua nas escolas municipais também cobra merenda escolar de qualidade, transporte escolar, planejamento e a entrega de obras que seguem paralisadas.
Segundo os profissionais, como exemplo, citam as escolas Otacílio Lino Bularmaque de Miranda e uma do Reassentamento Urbano Coletivo (RUC) Jatob,á somam em mais de R$ 25 milhões.
“Infelizmente as condições de trabalho que somos submetidos hoje adoecem os trabalhadores psicologicamente, e fisicamente. Temos hoje três escolas em tempo integral que deveriam ser entregues no final de 2022. Mas até agora não foram, porque infelizmente a gestão não pagou as construtoras para terminarem essas obras”, contou Vitoriano Bill, coordenador do Sintepp.
A prefeitura de Altamira não se manifestou sobre a greve. Categóricos, os professores disseram que só voltarão à sala de aula quando houver sinalização de acordo.
“Estamos tentando dialogo desde janeiro, foram vários ofícios, manifestações pontuais em frente à prefeitura e o governo até agora não apresentou nenhuma proposta. A população sabe que isso aqui não é só pelo salário, tanto que na mobilização também tem pai de aluno cobrando melhores condições para as escolas.”, finalizou Vitoriano.
Fonte: Confirma Notícia
Foto: Reprodução