PF prende atual comandante da Polícia Militar do DF e mais seis oficiais em operação sobre o 8 de janeiro
A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã desta sexta-feira (18), o atual Comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Klepter Rosa, em operação que investiga os atos criminosos de 8 de janeiro. O ex-comandante da PMDF, coronel Fabio Augusto Vieira, também está entre os presos.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Klepter Rosa tentou prejudicar a investigação sobre os atos criminosos de 8 de janeiro.
Em nova operação, a PF mira a cúpula da PMDF. Outros coronéis são alvos da PF nesta sexta. Os agentes cumprem sete mandados de prisão e sete de busca e apreensão em regiões do DF.
O coronel Fabio Augusto já havia sido preso em janeiro após as invasões das sedes dos Três Poderes em Brasília. Essa é a segunda prisão do militar, que é suspeito de omissão.
Os pedidos foram feitos pelo coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos (GCAA), Carlos Frederico Santos, a partir do resultado de apurações realizadas nos últimos oito meses pelas equipes da PGR que atuam nas investigações do ataque às sedes dos Três Poderes.
Em nota, a PGR afirmou que “os denunciados conheciam previamente os riscos e aderiram de forma dolosa ao resultado criminoso previsível, omitindo-se no cumprimento do dever funcional de agir”.
Na quinta-feira (17), a PGR denunciou sete militares do Comando da PM do DF suspeitos de conivência no 8 de janeiro.
O que diz a defesa do coronel Fabio Vieira
“A defesa do Coronel Fabio Vieira manifesta absoluta preocupação quanto à incorreção conceitual e a aplicação metodológica equivocada da teoria da omissão imprópria, bem como pelo manejo destoante das cautelares penais, apartado da racionalidade judicial e da construção interpretativa historicamente adotada pelo Supremo Tribunal Federal.
Não se deve prescindir da fundamentação e dos pressupostos corretos da prisão e do controle do Estado pelo Direito.
A defesa técnica anseia a análise criteriosa da prisão pelo Supremo Tribunal Federal, por sua composição colegiada, reforçando a crença de que haverá observância ao desenvolvimento dogmático já estruturado e a aplicação da interpretação judicial amparada por critérios racionais.
A Democracia defensiva exige respostas institucionais sustentadas pela correção teórica e pela racionalidade judicial.”
Fonte: CNN
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