‘Operação Mute’ – Vistoria em 54 unidades prisionais no Pará não encontra nada ilícito
Coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça, foi realizada em todo o Pará a 3ª etapa da “Operação Mute” pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). A operação iniciou na última quarta-feira (31) com o objetivo de identificar e retirar celulares localizados em unidades prisionais como forma de combater a comunicação ilícita e reduzir os índices de violência em âmbito nacional. A operação conta com a atuação de policiais penais federais e estaduais em mais de 100 unidades prisionais de todo o país. Assim como nas etapas anteriores, nenhuma irregularidade foi detectada nas unidades penais paraenses.
Durante a Operação são efetuadas revistas em pavilhões e celas dos internos. De acordo com a Senappen, aparelhos celulares são as principais ferramentas utilizadas para a perpetuação de delitos e o consequente avanço da violência nas ruas. A Operação Mute é a maior realizada pela instituição no contexto de combate ao crime organizado, pelo número de estados participantes, quantidade de policiais penais federais e estaduais envolvidos e unidades prisionais estaduais revistadas.
No primeiro dia da ação, a operação foi realizada em unidades prisionais de 20 estados: Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins. Na quinta-feira e sexta-feira, os demais estados da federação, entre os quais o Pará, deram continuidade com ações pontuais, totalizando 27 unidades federativas.
O Coronel PM Odenir Margalho de Souza, titular da Diretoria de Administração Penitenciária (DAP) da Seap, destaca que o ponto principal da operação é avaliar o nível de manutenção do procedimento operacional no aspecto da segurança nas casas penais paraenses. Em sua avaliação, Margalho diz que o trabalho desenvolvido permite verificar se todos os procedimentos estão sendo observados, se a população carcerária está sendo conduzida da forma como é preconizada pela Seap.
“Com isso, nós podemos verificar eventuais falhas, buscar melhorar algum procedimento que possa não estar adequado e, com isso, nós fortalecemos cada vez mais a segurança das unidades penais. É uma operação muito importante que permite a integração de diversos órgãos, do sistema nacional de segurança pública e também da segurança pública estadual”, afirma.
Para o diretor da DAP, no âmbito do sistema prisional, a verificação realizada é fundamental para que as boas experiências, as boas práticas que vêm sendo desenvolvidas aqui no Pará pela Seap, sejam levadas ao conhecimento das outras unidades. E a partir daí, defende, se consegue estabelecer uma unidade de ação em todos os presídios do Brasil.
“Graças ao apoio do Governo do Estado do Pará, com o fortalecimento da Polícia Penal com equipamentos, treinamentos, permitiu que nessas três etapas da Operação nós observemos a manutenção de todos os protocolos. Não temos encontrado nenhum material proibido, de acordo com o nosso manual de procedimento, seja celular ou qualquer outro objeto que possa trazer riscos à segurança. Que isso sirva de incentivo aos nossos policiais penais, aos nossos colaboradores da Seap, para que continuemos firmes nessa missão de garantir a custódia e contribuir para a reinserção dos nossos custodiados”, ressaltou o Coronel Margalho.
Integração – A operação contou com a participação dos policiais penais que atuam nas unidades, além de agentes da segurança pública do Comando Operações Penitenciárias (Cope), Grupo de Ações Penitenciárias (GAP), Núcleo de Operações com Cães (NOC) e do Grupo de Busca e Recaptura (GBR). Júlio César Néris, comandante do GAP, destacou mais uma bem sucedida ação das forças da Seap e o bom resultado da terceira etapa da “Mute”.
“Esse elemento de surpresa é fundamental. Hoje não teve nada, nós conseguimos novamente obter êxito sem intercorrências, sem nenhum objeto ilícito encontrado de relevância dentro das unidades. É o reflexo do trabalho do dia a dia dos nossos policiais que estão aí na ponta, dentro das unidades também, trabalhando para manter esse elevado grau de segurança que a gente tem demonstrado. Hoje, estávamos atuando em duas unidades prisionais e, graças a Deus, em nenhuma delas a gente obteve alguma intercorrência de relevância”, declarou o comandante Néris.
Richard Leão, comandante do GBR, avaliou como importante a integração das forças especializadas da Seap também com o serviço ordinário das unidades prisionais, no sentido de promover ainda mais a questão dos procedimentos de segurança. “Essa ação é de revista mais específica, detalhada, no sentido de encontrar possíveis indícios de comunicação e a operação tem sido exitosa. Rotineiramente a gente faz essa prática na nossa secretaria, a gente alcança ótimos resultados, inclusive isso é reconhecido a nível nacional. O estado do Pará, nesse quesito de segurança, sobretudo, vai muito bem”, finalizou.
O Impacto com informações da SEAP