Levantamento mostra que Amazônia Legal registrou alta no índice de violência psicológica contra a mulher nos últimos cinco anos
Um levantamento feito pelo Instituto Igarapé apontou que a Amazônia Legal registrou um aumento de casos de violência contra mulher nos últimos cinco anos. Entre as principais vítimas, 69% são meninas de 0 a 14 anos.
O relatório “A violência contra mulheres na Amazônia Legal nos últimos cinco anos em comparação com o restante do país” do Instituto Igarapé foi divulgado na segunda-feira (18).
O levantamento aponta que os casos de violência física, patrimonial e psicológica contra as mulheres aumentaram na região amazônia em comparação com o restante do país.
Violência física
– Amazônia Legal: 37%
– Restante do Brasil: 3%
Violência patrimonial
– Amazônia Legal: 62%
– Restante do Brasil: 51%
Violência psicológica
– Amazônia Legal: 82%
– Restante do Brasil: 14%
Estados com maiores índices
Entre os estado da Amazônia Legal, o Amapá foi quem apresentou o maior aumento de casos de violência sexual contra mulheres de 2018 a 2022. A variação dentro do período analisada foi de 88,5%. Em segundo lugar no ranking aparece Roraima, com 82,3%, seguido peloPará, com 74%.
A violência patrimonial, caracterizada pela retenção, subtração, destruição total ou parcial dos bens da vítima, teve alta significativa em Rondônia, com 600% de variação nos últimos cinco anos, seguido por Mato Grosso (233,3%) e Acre (80%).
Em 2022, a Amazônia Legal registrou 9.362 casos de violência psicológica contra mulheres. O que representa 26 vítimas por dia na região.
Pará e Mato Grosso registraram as maiores altas nas taxas de violência psicológica nos últimos cinco anos, com crescimentos de 165,6% e 108,9%, respectivamente.
“Este estudo mostra que a violência letal afeta desproporcionalmente as mulheres amazônidas em comparação às mulheres de outras regiões do Brasil”, destaca trecho do relatório.
Ainda de acordo com o levantamento, cerca de 41% dos casos de violência psicológica envolveram o uso da força corporal. Entre 2018 e 2022, companheiros e ex-companheiros foram responsáveis por aproximadamente metade dos registros desse tipo de violência.
Fonte: O Liberal