Criança morre após ter pescoço cortado por linha com cerol no nordeste do Pará

Uma criança de oito anos de idade morreu após ter o pescoço cortado por uma linha chilena, em Santa Izabel do Pará, na região metropolitana de Belém.

O acidente foi confirmado pela Polícia Civil, nesta terça-feira (9). A vítima chegou a ser socorrida para o Hospital Municipal, mas não resistiu ao ferimento.

O garoto estava com o pai em uma motocicleta quando foi atingido pela linha com cerol na segunda-feira (8). Os dois voltavam da casa de familiares. A criança seguia sentada na frente do pai, em cima do tanque da motocicleta.

A Polícia Civil informou que o caso é investigado sob sigilo pela Delegacia de Santa Izabel do Pará. O corpo do garoto foi removido para o Instituto Médico Legal (IML) de Castanhal, município vizinho também na região metropolitana de Belém.

No Pará, o comércio e a distribuição de cerol e linhas chilenas são proibidos por lei. Este tipo linha é utilizado na brincadeira para empinar pipas – muito comum durante o período de férias escolares em julho.

Há dois anos, uma menina de 5 anos de idade também morreu ao ter o pescoço cortado por linha chilena. O caso aconteceu no bairro do Paar, em Ananindeua, região metropolitana.

Blecautes

Além dos acidentes com pessoas, que podem ser fatais, o uso proibido de linhas com cerol também podem resultar em acidentes na rede elétrica e deixar cidades inteiras sem fornecimento de energia.

Segundo a Equatorial Pará, 1.402 ocorrências de falta de energia elétrica foram registradas entre janeiro a maio de 2024. Em média, foram 9,3 ocorrências por dia.

Belém lidera o ranking de blecautes por causa de acidentes com linhas chilenas. Foram 166 ocorrências nos primeiros 5 meses deste ano. Santarém, no oeste paraense, registrou 129 casos de falta de energia por causa do problema.

Parauapebas, no sudeste do Estado, registrou 80 casos e Bragança, nordeste paraense, 78.

Portel, no arquipélago do Marajó, registrou 68 ocorrências de falta de energia elétrica por causa de acidentes com linhas chilenas e a rede de distribuição.

“O principal risco é à vida. A pessoa pode tomar um choque de até 34.500 volts. Nossa orientação é que a brincadeira sempre seja feita em áreas abertas, longe de qualquer tipo de fiação”, comenta Marcelo Tucunduva, executivo de Segurança da Equatorial Pará.

Fonte: G1/Pará

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