PM que importunou sexualmente e baleou universitária no nordeste do estado é expulso da corporação

O sargento da Polícia Militar, Artur dos Santos Junior, que atirou contra uma universitária após a vítima tentar se defender da importunação sexual cometida pelo suspeito, foi expulso da corporação nesta segunda-feira (22). O anuncio foi divulgado no Diário Oficial do Estado.

O crime ocorreu no dia 3 de agosto de 2023 enquanto a vítima estava em uma parada de ônibus, no bairro do Guamá, em Belém. Depois do crime, a jovem de 24 anos, ficou internada durante 12 dias e precisou passar por uma cirurgia.

O documento informou que o processo de exoneração ocorreu ‘a punição de exclusão a bem da disciplina’. O caso foi registrado por uma câmera de segurança e confirma a tentativa de feminicídio.

Nas imagens é possível acompanhar que Catharina Palmerin está em pé. O PM estava encostado em um carro. Inquieto, ele parece observar a vítima, até que se aproximou, falou algo, e ela saiu de perto.

Depois, Catharina já apareceu tentando se livrar do homem. A jovem resistiu, entrou em luta corporal e, em seguida, apareceu sozinha, no chão.

A irmã da jovem diz que ela ainda tentou se defender, usando uma espécie de canivete, mas foi atingida por um tiro no abdômen.

“O que ela tinha era um canivete, que é uma espécie de chaveiro. Ela usa pra abrir embalagens do trabalho dela. Ela não anda com isso com intenção de assaltar como foi relatado. Ela foi covardemente atacada por ele. Ela entrou em luta corporal por legítima defesa”, afirmou Débora Palmerin.

Na época, a jovem foi encaminhada para o Pronto Socorro do Guamá e o sargento da PM foi levado para uma unidade de pronto atendimento da Terra Firme.

No boletim de ocorrência, o caso foi registrado como tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil. O sargento da PM foi preso e o Tribunal de Justiça converteu o flagrante em prisão preventiva por tentativa de feminicídio.

Justiça

Em fevereiro deste ano, houve uma audiência de instrução do caso e o ex-PM que responde pelos crimes de importunação sexual e tentativa de homicídio, participou em liberdade.

O Ministério Público do Estado recomendou que o acusado seja julgado perante o Tribunal do Júri.

Fonte: G1 Pará
Imagem: Reprodução/Redes Sociais

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