OS GANHOS NA LUTA

Sem luta ninguém chega a lugar nenhum. É da luta que a classe dos trabalhadores da educação alcançaram, através dos anos, alguns avanços. Vem enfrentando o massacre dos governadores, que até hoje não valorizam aqueles que cuidam da educação do povo. No caso de Simão Jatene, foram fechadas as portas para impedir que as negociações fossem feitas entre governo e professores. Já são mais de 40 dias de greve à espera de uma negociação que atenda as reivindicações propostas pela categoria. Aquilo que deveria ter sido acertado entre as partes em poucos dias, Jatene lançou na mão da Justiça para punir e desvalorizar cada vez mais a quem luta opor seus direitos.

O juiz Elder Lisboa determinou, por meio da Lei, tudo aquilo que Simão Jatene quer. Começa pelo Piso Salarial Nacional a ser pago, mas colocado para o final de 2012, quando já não será R$ 1.187,97 e sim R$ 1.400,00. É o descumprimento de uma Lei já estabelecida a ser executada desde que foi colocada em prática. Exigem multa de R$ 25 mil a ser paga por dia parado. Comentou que o estado do Pará não tem dinheiro para atender as reivindicações dos professores. Deu a entender que o Estado está pobrezinho demais. Isto quando se trata de valorizar os profissionais da educação.

Várias conquistas e ganhos representam a conscientização da categoria. Foram resultados da luta final desde que a classe se organizou, criando associações e sindicatos, até hoje reprimidos por quem tem a obrigação de respeitar os direitos dos servidores públicos. O argumento de quem foge da responsabilidade com a educação pública é de mostrar-se bonzinho, dizendo que a greve só prejudica os estudantes. Se estivessem mesmo preocupados com os alunos fariam a devida lição, atendendo as reivindicações que foram apresentadas em tempo oportuno. É claro que o maior culpado é o próprio Governo do estado do Pará. A greve é o último recurso quando não se tem a oportunidade de resolver pacificamente as questões, que envolvem a categoria.

É dever de Simão Jatene cumprir e colocar em prática as leis que são deixadas de lado, sem a devida aplicação. A falta de aplicabilidade causa prejuízo àqueles que carregam nas costas a obrigação de cuidar da aprendizagem dos estudantes. Isto se relaciona, entre outras leis, com o Piso Salarial Nacional e Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR). Não esquecer as condições precárias do ambiente de trabalho, onde se encontram os prédios escolares sem as mínimas condições que favoreçam a uma boa aprendizagem. Apesar dos avanços e ganhos na luta, ainda é necessário que a luta continue.

Por: José Alves

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