ENTREVISTA COM SANDICLEY MONTE, EX-DIRETOR DO SÃO RAIMUNDO E ATUALMENTE NO TAPAJÓS
Pergunta: Como você vê o momento administrativo que o São Raimundo atravessa?
Sandicley: Eu que estive lá vejo com muita preocupação, porque não tem ninguém trabalhando pela Instituição. Só se fala em quem vai ser presidente, quem fica, quem manda e o pensamento é sempre individual.
Pergunta: O que deveria ser feito visando o Campeonato Paraense?
Sandicley: Quem vai ser presidente ou deixa de ser, não serve como desculpa. O futebol não pode esperar e pelo que sei os clubes estão sendo montados e atletas de qualidade assinando contrato. O clube tem que contratar um gerente de futebol, isso independente de quem vai mandar no São Raimundo.
Pergunta: Quem é o responsável pelas ações na Justiça do Trabalho?
Sandicley: As ações na Justiça ocorreram por falta de comunicação com os atletas. Deram cheques e deram promissórias, mas na hora que alguém liga para cobrar o telefone fica mudo. Isso irrita, claro, qualquer pessoa. Agora, o cara deve e não dá explicação, o atleta vai para Justiça.
Pergunta: É verdade que o Sandicley teria evitado algumas ações na Justiça do Trabalho?
Sandicley: É verdade. Eu gosto e ainda colaboro com o São Raimundo. Não deixei o advogado do lateral direito Júlio Ferrari entrar na Justiça, mas ninguém se manifesta no clube para pagar pelos menos 50% do dinheiro que o atleta tem direito. Aí fica difícil, chegará a hora que não vou segurar e novos casos na Justiça poderão aparecer.
Pergunta: Concorda com a volta do presidente Rosinaldo do Vale?
Sandicley: Minha preocupação, repito, é com a Instituição São Raimundo. Se o Raimundo Sampaio vai continuar ou o Rosinaldo do Vale vai voltar, não interessa. Alguém tem que fazer alguma coisa para o clube começar a andar, pois não foi à toa que chegamos ao título de campeão brasileiro. Foi muito trabalho e sacrifício. Quem nunca ajudou, hoje, fica dando opinião.
Por: Bena Santana