Em pesquisa, população quer mais punição para causadores dos danos ambientais

Pesquisa encomendada pela Earth4All e pela Global Commons Alliance (GCA), ouviu 1 mil pessoas de cada nação, incluindo o Brasil, constatou que para a maioria da população, governos e empresários causadores de danos ambientais têm de ser responsabilizados.

No total, 72% apoiam criminalizar os responsáveis por danos ao meio ambiente — no Brasil, o percentual foi maior, de 83%. Conduzida pela Ipsos UK, a pesquisa segue mudanças legislativas históricas recentes, envolvendo o reconhecimento do ecocídio como crime federal na Bélgica, no início do ano. Projetos semelhantes foram propostos ao Congresso Nacional brasileiro e em outros países como Itália, México, Holanda, Peru e Escócia.

Cerca de três em cada quatro moradores dos países integrantes do grupo econômico G20 acreditam os culpados deveriam ser punidos criminalmente por aprovar ou permitir ações desastrosas à natureza e ao clima.

A preocupação é grande entre os cidadãos das grandes economias do mundo sobre o presente e futuro do planeta. De acordo com os entrevistados, 59% estão sofrendo com a situação da natureza, hoje.

Os países do G20 representam cerca de 85% do produto interno bruto (PIB) global, 78% das emissões de gases de efeito estufa, mais de 75% do comércio mundial e cerca de dois terços da população do planeta.

Conforme a maioria das pessoas visa em proteger os bens comuns globais, pois 71% acreditam que o mundo necessita agir de imediato.

“Nossa pesquisa demonstra que as pessoas nas maiores economias do mundo estão profundamente cientes da precisão urgente de proteger nosso planeta para as gerações futuras”, comentou Owen Gaffney, colíder da iniciativa Earth4All.

Categorias

A pesquisa categoriza os entrevistados em cinco “segmentos de administração planetária”. A maioria (61%) foi identificada como “progressistas estáveis”, “otimistas preocupados” e “administradores planetários” — grupos que defendem ações fortes para proteger o meio ambiente. Segundo os analistas do levantamento, isso marca um ponto de inflexão social, com mais gente, agora, exigindo ações para proteger o planeta do que aquelas que não o fazem.

A Jane Madgwick diretora executiva da GCA exigirá liderança ousada e um esforço verdadeiramente global, conectando ações entre nações e de baixo para cima.

Gênero

Durante a pesquisa foi revelada diferenças de gêneros na preocupação ambiental. O público feminino tende a exibir níveis mais altos de ansiedade com o estado da natureza hoje e para as gerações futuras.

Já, os homens a porcentagem é menor, ou seja, apenas 56% se preocupam com o meio ambiente.  Tratando-se de opiniões diferentes, apenas 25% das mulheres têm opinião formada de que os riscos ambientais são exageradas , enquanto 33% da população masculina, tem a mesma visão.

As entrevistadas também são significativamente menos propensas a crer que a tecnologia pode resolver problemas ambientais sem que os indivíduos tenham que fazer grandes mudanças no estilo de vida.

 

Por Wandra Trindade com informações de Correio Braziliense

Foto: Reprodução

O Impacto

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