Pesquisa aponta que para 25% dos paraenses situação financeira melhorou nos últimos seis meses

O Pará é o segundo estado brasileiro onde a população mais percebeu uma melhora na própria situação econômica nos últimos seis meses, de acordo com uma pesquisa divulgada pelo DataSenado nesta semana. No levantamento, 25% dos paraenses relataram esta percepção, um índice superior à média nacional de 19%.

Os dados são da pesquisa Panorama Político 2024: Apostas esportivas, golpes digitais e endividamento, que ouviu mais de 21 mil pessoas entre 5 e 28 de junho, avaliando a percepção econômica dos brasileiros.

Os 10 estados com maior percepção de melhora econômica nos últimos seis meses:

  1. Maranhão: 29%
  2. Pará: 25%
  3. Sergipe: 25%
  4. Amazonas: 23%
  5. Paraíba: 23%
  6. Alagoas: 23%
  7. Piauí: 22%
  8. Pernambuco: 22%
  9. Espírito Santo: 22%
  10. Mato Grosso do Sul: 22%

Fonte: Panorama Político 2024/DataSenado

Pará também é o segundo mais ‘otimista’

Além disso, 52% dos entrevistados paraenses acreditam que sua situação econômica vai melhorar nos próximos seis meses, acima da média nacional de 40%.

O estado do Amapá é o mais “otimista”, com 57% dos entrevistados esperando uma melhora. Os 52% do Pará posiciona o estado novamente no segundo lugar do ranking de estados com maior expectativa de melhora econômica para os próximos seis meses.

Em contrapartida, no Rio Grande do Sul, apenas 31% da população compartilha dessa expectativa.

Os 10 estados com maior expectativa de melhora econômica para os próximos seis meses:

  1. Amapá: 57%
  2. Pará: 52%
  3. Piauí: 52%
  4. Maranhão: 51%
  5. Amazonas: 49%
  6. Roraima: 47%
  7. Sergipe: 46%
  8. Tocantins: 45%
  9. Bahia: 44%
  10. Paraíba: 43%

Fonte: Panorama Político 2024/DataSenado

Cenário do Pará é ‘favorável’, avalia supervisor do Dieese

Everson Costa, supervisor técnico do Dieese Pará, avalia que “o cenário econômico do estado é favorável” e destaca a geração de postos de trabalho. “Hoje, o Pará está entre os 10 estados que mais geram emprego no Brasil. Estamos falando de quase 3,9 milhões de pessoas ocupadas em todo o estado. Com o surgimento de novos postos de trabalho, novos negócios e serviços, além da melhoria na infraestrutura, a percepção da população sobre a economia tende a ser mais positiva”, observa.

Ele também ressalta que, desde o fim da pandemia, a economia paraense foi uma das que mais cresceu. “Nossa projeção de participação na geração de riqueza, o PIB, atualmente nos coloca como a décima maior economia brasileira. Há uma perspectiva de subir nesse ranking até, pelo menos, 2025, quando as projeções indicam que o Pará pode alcançar um PIB de mais de 330 bilhões de reais. Hoje, nosso PIB está em torno de 240 bilhões”, afirma Costa.

Outro ponto citado pelo técnico do Dieese Pará é o fato de o estado “estar na linha de frente na questão da bioeconomia e sustentabilidade”. Para Everson, essa atuação “reforça o sentimento dos paraenses de que o Pará está atraindo investimentos que trarão melhorias à população”. Ele ainda pontua que a realização do COP 30 em Belém, em 2025, também adiciona otimismo. “Há uma grande expectativa em relação a tudo isso”.

Outros números

Na pesquisa, o Pará está na 17ª posição entre os estados com maior percentual de entrevistados que relataram piora na situação econômica, com 33% da população com essa percepção sobre os últimos seis meses. Mesmo nesse cenário, o índice do Pará é abaixo da média nacional de 36%. Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul apresentaram os maiores percentuais, ambos com 43%.

O DataSenado também apresenta estimativas em números absolutos. Os 25% da população do Pará que relataram uma melhora em sua situação econômica representam 1.675.304 pessoas. Já os 52% que projetam uma melhora nos próximos seis meses seriam equivalentes a 3.430.445 pessoas. A margem de erro é de ±4,8% para a percepção de melhora e ±5,1% para a expectativa futura.

Fonte: O Liberal

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