No Pará, Ibama multa fazendas que vendiam gado em áreas embargadas por desmatamento ilegal

O Ibama identificou 69 propriedades rurais que criavam e comercializavam cerca de 18 mil cabeças de gado, em áreas embargadas por desmatamento ilegal em municípios no Pará e Amazonas.

A fiscalização ocorreu neste mês de outubro, durante a “Operação Carne Fria 2”. Os donos das propriedades foram autuados por descumprimento de embargo, impedimento da regeneração natural e venda de produto de área embargada.

A ação do Ibama também identificou 23 frigoríficos que adquiriram animais dessas fazendas embargadas – prática que é ilegal. Os frigoríficos foram autuados e notificados para fazer a retirada do rebanho bovino das áreas interditadas.

O embargo é aplicado quando constatada infração ambiental, com o objetivo de impedir as irregularidades, sendo vedada qualquer atividade ou uso durante a vigência da medida administrativa.

Multas

Os agentes realizaram 154 autos de infração, totalizandoR$ 364,5 milhões em multas. Foram apreendidas 8.854 cabeças de gado produzidas nas áreas embargadas.

Três frigoríficos foram embargados por estarem funcionando sem a licença ambiental ou em desacordo com a concedida.

A operação ocorreu nos municípios de Novo Progresso, Santarém, Altamira, São Félix do Xingu, Igarapé-Açú, Portel, Anapu, Pacajá, Novo Repartimento, Ipixuna, Tomé-açú e Bom Jesus do Tocantins, no Pará e nos municípios de Boca do Acre e Lábrea, no Amazonas.

A ação tem como objetivo coibir o desmatamento na Amazônia, a partir da fiscalização da cadeia que produz ou comercializa gado de áreas desmatadas ilegalmente na Amazônia.

Qualquer pessoa que compre ou financie a produção rural, necessita consultar a lista pública de embargos do Ibama, disponível no site do Instituto.

As irregularidades constatadas na operação serão comunicadas ao Ministério Público Federal para a adoção de medidas cíveis e criminais.

A estratégia da Operação Carne Fria é responsabilizar administrativamente a cadeia produtiva que adquire produtos procedentes de áreas desmatadas ilegalmente, além daqueles que realizam a supressão da vegetação.

Fonte: G1/Pará
Imagem: Reprodução/Ibama

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