Vereador denuncia péssimo atendimento no Hospital Municipal de Itaituba
Usando a tribuna da Câmara Municipal de Itaituba nesta semana, o vereador Peninha criticou o atendimento no Hospital Municipal da cidade. O edil alegou que todos os dias recebe reclamações sobre o péssimo atendimento oferecido aos pacientes que procuram o hospital, além dos postos de saúde, tanto da cidade quanto da zona rural.
Segundo o parlamentar, os pacientes ficam horas aguardando atendimento, o que causa revolta, como ocorreu na segunda-feira (4) no CTA. Na ocasião, uma paciente vinda do Trairão passou horas esperando para receber seus medicamentos e acabou entrando em surto, gerando confusão no local, o que exigiu a presença da Polícia Militar para conter a situação.
“O grande problema não é dos servidores. A administração municipal não compra os medicamentos necessários para atender a população e, com isso, os funcionários ficam expostos a esse constrangimento, pois, quando o paciente procura pelo remédio, a resposta é que não há. Isso coloca a vida dos servidores em perigo”, afirmou o edil.
“Fatos como este acontecem todos os dias. A insatisfação é grande e, quando reclamamos ou denunciamos, a resposta do governo sempre é que a saúde de Itaituba está uma maravilha”, prosseguiu Peninha, acrescentando:
“O slogan de campanha ‘O Trabalho Continua’ não se aplica a esta administração. O slogan deveria ser ‘A humilhação continua’, disse o vereador.
LOJAS ESTÃO FECHANDO EM ITAITUBA
Outro tema abordado na sessão foi a crise econômica. O vereador Peninha lamentou o fechamento de mais uma empresa em Itaituba: a Loja Lar Brasil, que encerrou suas atividades e deixou mais de 25 famílias sem emprego.
“Assim como a Loja Lar Brasil, muitas outras empresas estão fechando e demitindo funcionários. Tudo por causa da crise na região. Querendo ou não, nossa economia depende do ouro, e, de uma hora para a outra, a atividade está desaparecendo, sem que os governos municipal, estadual e federal apresentem alternativas”, afirmou o edil.
“Percorrendo a cidade, é público e notório que em várias partes da cidade há placas fixadas em prédios com as frases ‘VENDE-SE’ e ‘ALUGA-SE’. Quantas empresas já fecharam suas portas em Itaituba? Quantos pais de família estão desempregados?”, indagou Peninha.
“Esta semana, fui aos supermercados e constatei que a carne subiu de preço. Antes, o quilo da ossadinha custava R$ 7,00; agora, está custando R$ 15,00. O que estamos vendo é que os governos municipal, estadual e federal não estão nem aí para a nossa atividade garimpeira. A fiscalização é intensa, mas não se buscam alternativas ou meios de ajudar as famílias que vivem do garimpo. A região, que há décadas depende do ouro, está sendo deixada de lado”, disse Peninha.
O parlamentar afirmou ainda que “faz esse discurso e pediu que fosse transcrito em ata, porque, no ano que vem, não estarei mais aqui, mas vão lembrar do que estou falando hoje. Com a crise que estamos vivendo agora, ela ainda não afetou diretamente o bolso dos agentes políticos ou da administração municipal, mas, no ano que vem, essa crise vai bater à porta deste parlamento e da prefeitura. Vai faltar dinheiro para comprar medicamentos, merenda escolar, pagar funcionários e até para comprar combustível. Anotem o que estou dizendo”, afirmou Peninha.
“Independente de partido, precisamos discutir hoje o nosso futuro. Devemos buscar alternativas para a sobrevivência da nossa região. Não podemos ficar reclamando para sempre devido ao fechamento dos garimpos e à crise que estamos enfrentando. Já é hora de investir na produção de açaí, cupuaçu, cacau, banana… Enfim, precisamos produzir como outros municípios estão fazendo. Mas, para isso, o governo municipal, na pessoa do gestor, precisa assumir a responsabilidade e trabalhar junto com a população para encontrarmos alternativas para o nosso futuro”, concluiu Peninha.
O Impacto