Mundo: Incêndio em UTI neonatal mata recém-nascidos em hospital na Índia
Dez recém-nascidos morreram em um incêndio na ala neonatal de um hospital na índia em mais um caso que expõe a fragilidade do sistema de combate a incêndios no país mais populoso do mundo.
O Incêndio, causado por um curto-circuito elétrico no andar térreo do prédio, ocorreu na noite de sexta-feira (15), na cidade de Jhansi, no estado de Uttar Pradesh. De acordo com testemunhas, as chamas rapidamente tomaram conta da enfermaria, que servia de Unidade de Terapia Intensiva neonatal e continha 49 bebês. O local abrigava crianças de menos de um ano de idade que estavam em aparelhos de suporte de vida. Das crianças salvas, 17 foram transferidas para outra ala do hospital enquanto outras foram enviadas para casa ou levadas a outros hospitais da região. Os bebês que morreram estavam sob observação e seriam liberados em poucos dias.
Ainda de acordo com as testemunhas, os alarmes de incêndio instalados na ala não foram ativados e a equipe do hospital só agiu depois de perceber sinais de fumaça e fogo. Uma enfermeira sofreu queimaduras. Os socorristas precisaram quebrar janelas para chegar até os bebês o que atrasou os esforços de evacuação.
Incêndios em hospitais são comuns na Índia. Em maio, sete recém-nascidos perderam suas vidas em Nova Déli quando um incêndio irrompeu em uma clínica neonatal privada. Em 2011, 93 pessoas morreram em um hospital privado em Calcutá, em um dos piores desastres desse tipo.
Um estudo divulgado em 2023 apontou que apesar dos novos códigos de construção e sistemas de segurança para prevenir incêndios ou reduzir sua gravidade, a implementação continua frouxa e ineficaz. A falta de pessoal e equipamentos é o principal problema apontado. De acordo com o Parlamento indiano, o país tem apenas 3.377 quartéis de bombeiros quando os regulamentos exigiam 8.559. O corpo de bombeiros tinha cerca de 55.000 pessoas, quando meio milhão foi necessário, e 7.300 veículos, quando deveria ter 33.000.
O governo indiano anunciou uma indenização em dinheiro para os pais que perderam seus bebês.
Por Rodrigo Neves com informações do G1
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