Moeda internacional fomenta economia em Santarém

Vindos de diferentes países da Europa, os turistas internacionais atracaram no Porto da Companhia Docas do Pará, em Santarém no transatlântico Silver Cloud, na manhã desta sexta-feira, dia 25. “Very Good, beatifull, ohhh”. A expressão de muito bom, lindo, e de espanto, foi o básico dos estrangeiros em meio à biodiversidade encontrada no Município santareno. A chegada dos visitantes continua a ser o fomento de capital a diferentes segmentos. Por isso, é necessário articular a parceira para oferecer o melhor atrativo. E garantir o retorno na lucratividade, é o fomento da moeda internacional, na cidade.

Com destino certo a ser visitado, os 96 turistas realizaram um passeio fluvial de 4 Horas. Divididos em 3 embarcações deparam-se no percurso com diferentes atrativos. Em cada detalhe no encontro das águas, na vegetação a margem do rio Maicá, a diversidade em espécies de animais na mata verde, e o boto Tucuxi que resolve boiar, proporciona a todos diferentes expressões faciais e aplausos. O pescador em atividade aguça a atenção do grupo, principalmente ao jogar a rede de pesca no rio. E logo à frente, outro pescador levanta o prêmio da manhã, dois grandes Apapás. E ganha mais aplausos e flash das máquinas fotográficas, vale muito registrar. Todo esse panorama visitado é um pouco do produto vendável a moeda internacional, a paisagem, os costumes e a população da Pérola do Tapajós.

O guia turístico Renato de Mendonça, que trabalha a 13 anos nessa atividade, garante que o conhecimento amplo do local e de mundo faz muita diferença na excursão. O profissional é bombardeado por vários questionamentos dos turistas estrangeiros. “Eles chegam bastantes curiosos em encontrar o que leram ou viram sobre a Amazônia. Devemos estar bem informados para garantir a expectativa deles”, informou Renato.

Na visita, o giro do dólar fomenta a economia. Em média, cada turista deixou na cidade U$ 30 dólares. “Um dinheiro a mais que circula na cidade, através das pessoas que exercem a atividade com o turista. O profissional vai investir na cidade, realizando compras com esse dinheiro no supermercado local, no posto de gasolina, na loja comprando roupa, isso é bom para o crescimento econômico da região”, explica o guia de turismo.

O armador fluvial Maurício de Abreu Texeira, de 34 anos, confirma a visão econômica que traz o turista a cidade. Mesmo sem uma assessoria maior do governo local, a categoria se une para obter a renda, com a atividade turística. “Formamos um grupo de armadores fluviais para atender as agências. Trabalhamos com 3 embarcações, totalmente adequada ao serviço, e conseguimos aumentar a renda nesse período. Esse frete foi fechado para cada embarcação ao preço de  R$ 540 reais”, disse.

Ao chegar ao Porto da CDP, mais trabalhadores aguardam para obter lucros com a passagem dos turistas. No local, a natureza é transferida para os produtos dos artesãos. Ana Rosário, da Associação dos Artesãos do Oeste do Pará, diz que a venda do artesanato sustenta a família. “A vinda dos turistas internacionais é muita boa, principalmente quando o navio faz escala pela primeira vez na cidade. Hoje vendi bastante peixe empalhado, cada peixe desses vendo a preço de U$ 3 dólares”, informou.

O transatlântico Silver Cloud saiu às 3 horas da tarde, de sexta-feira, com destino a Belém e depois retorna ao país Europeu. Na próxima quarta-feira, dia 30, outro navio com turistas estrangeiro, é aguardado, em Santarém.

Fonte: RG 15/O Impacto e Alciane Ayres