Ex-PM é preso suspeito de participar de chacina
O Grupo de Pronto Emprego da Polícia Civil cumpriu mandado de prisão, na noite de ontem, contra o ex-soldado PM Rosevan Moraes Almeida. Ele foi pego em frente à casa da mãe dele, na Rua 6, do distrito de Icoaraci. Rosevan é suspeito de participação na morte dos seis adolescentes, na noite de sábado passado, em Icoaraci.
O ex-PM, afastado da corporação por ser um dos indiciados da operação “Navalha na Carne”, em 2008, foi preso no flagra com uma arma ponto 40. Na abordagem, a arma estava escondida entre as pernas de Rosevan. Ele não reagiu à prisão, mas à imprensa, na Divisão de Homicídios, repetiu o que havia falado na quarta-feira, 23, em frente à sede do Instituto de Previdência e Assistência do Município de Belém (Ipamb) durante manifestação de familiares e amigos, em homenagem às vítimas da chacina.
Naquela ocasião, Rosevan aproveitou a presença da imprensa na área para tentar esclarecer boatos que circulavam entre moradores do Distrito. “As pessoas estão espalhando por aí que eu teria matado esses rapazes. Por isso, vim até aqui para negar qualquer tipo de envolvimento nisso. Jamais faria isso próximo da minha casa, onde moro há 40 anos”. As mesmas frases reafirmou ontem, após ser preso. “Não acredito na justiça. Ela é cega. A arma, era para minha defesa e ganhei de uma pessoa, já que tinha muitos inimigos quando eu era policial. A justiça nunca provou nada contra mim, mesmo assim sou acusado de cometer um homicídio, mas testemunhas nunca compareceram no Fórum para me incriminar”.
Na quarta-feira, o ex-soldado, contou que estava lanchando na hora da matança, na avenida Augusto Montenegro, mas assegurou que havia passado no local 30 minutos antes do crime. “Na hora que os adolescentes foram mortos eu estava lanchando, longe daqui”.
Rosevan diz que ficou três anos preso. “Fui solto, há oito meses, porque ninguém conseguiu provar nada contra mim. Agora, o Estado deve pela injustiça que cometeu”.
No inicio de 2008, 32 policiais militares, entre eles Rosevan, foram presos sob suspeita de fazer parte de um grupo de extermínio que atuava na Região Metropolitana de Belém. À época, a justiça estimou que, no mínimo, 50 pessoas podem ter sido eliminadas pelos homicidas.
Indícios
O delegado Gilvandro Furtado disse que não há dúvidas sobre participação de Rosevan na morte dos adolescentes. O ex-soldado foi reconhecido por testemunhas. “Ele foi o mentor e executor do crime. Foi expulso da PM em 2009 e continuava usando carteira da corporação e se passando por policial”.
Rosevan, ainda irá responder por falsificação de documentos e por porte ilegal de arma. Motivo da chacina e identidade do homem que pilotava a moto para Rosevan no dia do crime não foram revelados ontem pela polícia.
Fonte: DOL
A Divisão de Homicídios da Polícia Civil tem um quadro de investigadores altamente eficientes. Parabéns pela investigação.
eles queriam um culpado e e prenderam ele .agora vao ter que provar,