Comerciantes denunciam contaminação de fezes humanas no rio Tapajós

Um esgoto localizado na orla de Santarém, no perímetro entre as praças Monsenhor José Gregório e São Sebastião, virou alvo de denúncia de comerciantes das proximidades, atletas e estudantes. Segundo os comerciantes, além de servir de canal para escoamento de lixo, como latinhas de cerveja e refrigerante, sacos plásticos e garrafas pet, o esgoto também está lançando fezes humanas diretamente no leito do rio Tapajós.

Quem passa pelo local sente a fedentina que sai do esgoto. Estudantes e atletas que procuram o local em busca de lazer reclamam do mau cheiro exalado pelo esgoto. Preocupados com o alto índice de poluição lançado no rio Tapajós, comerciantes, estudantes e atletas cobram ação por parte dos órgãos competentes.

CONSTATAÇÃO – Uma pesquisa realizada pelo Laboratório de Biologia Ambiental da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) em agosto deste ano no rio Tapajós constatou o alto índice de poluição ocasionado por dezenas de esgotos localizado na orla de Santarém.

A pesquisa apontou que o lançamento de sujeira por esgotos direto no rio apresenta alterações acima dos padrões permitidos.

ESTATISTICA – De acordo com a presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES-STM), Rose Meire, as tubulações que existem na extensão da orla de Santarém são de rede de drenagem e, que somente 10% do esgoto doméstico são lançados no Rio Tapajós.
“Só a rede de drenagem causa uma poluição na água, mas isso é aceitável porque são as águas da chuva. O problema é que como não existe um projeto de esgotamento sanitário na cidade, parte do esgoto doméstico é lançado na rede de drenagem”, disse a pesquisadora, destacando que está sendo realizada outra pesquisa sobre a qualidade das águas dos rios Tapajós, Amazonas e Arapiuns nos períodos chuvosos e de estiagem, para verificar a existência de coliformes fecais e a concentração de mercúrio em peixes.

Fonte: RG 15/O Impacto