MILTON CORRÊA
Com o SIM dissemos NÃO ao Pará de Belém
Com quase 100% dos votos Sim no Tapajós e Carajás, no plebiscito do domingo 11/12/2011, dissemos NÃO ao Pará de Belém, que tem um governo voltado para os interesses da capital e despreza o interior do Estado. Por isso o Pará é de Belém.
Demos o recado
Demos o recado, dissemos no voto que não concordamos com esse modelo de governo omisso aos nossos interesses e mais que isso, ratificamos que não queremos mais ser paraenses. Somos de fato Tapajônicos e Carajaenses. Na prática, somos estados, com vida própria, mesmo que não sejamos reconhecidos legalmente. Não precisamos do Pará de Belém. No caso do Tapajós, a nossa relação comercial e cultural foi sempre com Manaus, a capital do Amazonas. Então, já que não interessamos para Belém, esta também não nos interessa. O Pará deles é pra lá!
O Não é nosso
O NÃO agora é nosso! Vamos dizer não nas urnas das próximas eleições, aos políticos caras de pau de lá, que com certeza vestidos de cinismo e pouca vergonha na cara, ainda terão a coragem de vir pedir voto aqui no Tapajós, com promessas mentirosas em meio a discursos demagógicos e assim, conseguem ludibriar tapajônicos menos esclarecidos. Se eles têm votos para se eleger pra lá, que fiquem longe da gente. Chega de sermos enganados. O Lamentável é que essa gente vive à sombra do poder a custa do dinheiro público, coletado do bolso dos contribuintes, que sofrem o descaso desse governo omisso e indiferente com a gente. O tempo da cabanagem se repete agora, em que a capital do Pará sufocava o interior do Estado, causando a revolta dos cabanos.
O ataque do poder central
Vivemos hoje o ataque do poder central do Pará, pelo descaso, desprezo e omissão que nos é imposta e no momento em que temos a oportunidade de dar o grito de liberdade. Parafraseando Nosso Divino Mestre Jesus Cristo, podemos dizer aos políticos e a elite de Belém: “Raças de víboras, sepulcros caiados, que são bonitos por fora e podres por dentro”. Falam uma coisa e na verdade é outra, tem o discurso da enganação, da promessa falsa e mentirosa.
De fato dividido
O Pará de vocês a partir de agora está de fato dividido, nós seremos sempre tapajônicos e não do Oeste paraense. Pelo menos esse é o meu sentimento e acredito ser o de muitos que aqui no Tapajós vivem e convivem, vendo chegar às migalhas em pardos investimentos, que raramente se vê e quando isso ocorre é em função da ampliação ou reforma de prédios que abrigam estruturas do próprio governo, menos para atender o interesse coletivo.
Depois do 11 de dezembro
Assim como os Estados Unidos não é mais o mesmo depois do 11 de setembro, o Pará também não é mais o mesmo depois do 11 de dezembro. Os políticos do Pará e do Tapajós poderão até se unir, já que em política tudo acontece, mas o sentimento do povo que votou Sim 77 e viu Belém sufocar o sonho de liberdade, vai ficar guardado na história de cada um de nós que temos brios, personalidade própria e acima de tudo respeito por nós mesmos. O que nunca tivemos do poder central do Pará. É por tudo isso e muito mais, que o não agora é nosso. Vamos dizer não a essa gente de Belém, que não gosta da gente. Que nos caluniou durante a campanha plebiscitária, nos tratou com desprezo, preconceito e desdém.
Vamos continuar sonhando
Tapajonicos e Carajaenses vamos continuar sonhando com melhor condição de vida. Cabe agora aos prefeitos dos municípios do Tapajós e Carajás, que votaram pesadamente no sim, mesmo aqueles que têm compromissos políticos com o governo do Pará de Belém, mas que estão respaldados pela esmagadora maioria do voto sim, exigir respeito com as duas regiões. Ficou provado nas urnas que o desejo de independência, não é de meia dúzia de políticos, com diziam os defensores do não, mas de um povo sofredor, desprezado, abandonado, que sente na pele a falta de investimento governamental em todos os setores e como conseqüência, o desemprego e a não condição de vida digna.
Vai pagar caro
O Pará de Belém vai pagar caro pelo que fez com Tapajós e Carajás, suas lideranças políticas vão sentir os efeitos nas urnas das próximas eleições. Todos querem se eleger ou reeleger-se e o alimento dessa vaidade do poder chama-se voto, o que do Tapajós e Carajás eles não mais terão, tenho certeza disso, porque acredito na conduta moral da nossa gente que foi fiel ao SIM Tapajós e Carajás.
Temos que mudar as regras
Temos que mudar as regras do plebiscito para se criar novos estados no Brasil. De acordo com a nossa Constituição, o plebiscito seria realizado na parte interessada, que neste caso seria o Tapajós e Carajás. Por acaso, o Pará de Belém estava interessado em dividir esse Estado continental, que o seu governo nem o conhece na sua totalidade? Com certeza não! Se essa regra que nos foi imposta continuar, não criaremos nunca, nenhum novo Estado no território nacional.
Por: Milton Corrêa
Nas próximas eleições devemos mostrar a nossa força e desprezo, votando somente nos politos dessas regiões, pois assim teremos mais representantes na assembleia legislativa e congresso federal.
Sou Belenense de nascimento, mas Tapajônico de coração.
moro no nordeste paraense, porém não esqueço os momentos felizes que morei aí em Santarém, foram 25 anos.
Nas próximas eleições, para governo, deputados e senadores, nós devemos votar nos politicos sérios e que sejam do TApajós e Carajás, somente assim mostraremos a nossa força;
Sou Belenense de nascimento, mas Tapajônico de coração.
moro no nordeste paraense, porém não esqueço os momentos felizes que morei aí em Santarém, foram 25 anos.