Informe RC
HERÓI DE ALMANAQUE
O tenente coronel Josafá Pereira Borges, comandante do CPR-X do município de Itaituba, conhecido na corporação como MacGyver (leia Magáiver), dono de uma ficha disciplinar nada louvável para ocupar o cargo, foi infeliz em sua última participação como mestre de feitos impossíveis, como no seriado do qual ganhou o apelido. Terça, da semana anterior “17”, numa reunião fechada na sala da presidência da Câmara de Itaituba, onde o assunto era a falta de segurança da população no Município, cheio de roubos, crimes e assaltos em sua área de atuação, poucos esclarecidos, na presença de vereadores, delegado, Juiz e lideranças comunitárias, questionado a dar explicação, afirmou do assalto praticado contra a agência do BASA em Rurópolis, de onde levaram acima de 500 mil reais, ter sido financiado por empresários locais, e outros programados a serem executados com inclusão de pessoas de Mato Grosso, Rondônia e Bahia, interessadas em roubar na região, não se materializando graças a ação preventiva da PM. Dizer dos bandidos serem da área ou vindos de outros estados, tudo bem, mas, chamar os empresários de Itaituba de assaltantes, a acusação é grave. Mais uma presepada do tenente coronel MacGyver. Se continuar no comando da CPR-X pode vir coisa pior. Aguardem.
TÊM OUTRAS PIOR
Na maioria das corporações das PM’s e Corpo de Bombeiros nos estados a insatisfação é generalizada, querem os policiais, com justiça, aumento de salários e nivelar seus soldos aos colegas de Brasília e virem aprovada no Congresso a PEC 300, pronta a ser votada, mas a presidente Dilma afirma do governo não poder arcar com o repasse da diferença aos estados. Enquanto isso não acontece, cada governo estadual vai dando seu jeito para evitar greves anunciadas, como ia ocorrer no Pará, chegando a ser iniciada com alguns grupamentos no Estado (como na Transamazônica) onde militares fecharam a rodovia. O Governador foi mais ágil, evitando situações desagradáveis deu aumento acima de 20% e outras vantagens aos policiais, voltando tudo a normalidade com a PM do Pará tendo o 8° maior salário do País. Fora o Distrito Federal, têm 18 em situação pior, mas ainda há sinais de fogo.
AINDA FALTA ACOMODAR
Não podendo o atual governo do Estado ser apontado como culpado pela situação vir se deteriorando há anos, o governador Jatene, no tocante a segurança pública, apesar de ter acomodado de imediato o descontentamento da PM devido os baixos salários, ainda tem mais duas ameaças de greves, ligadas ao setor, a serem resolvidas, para transmitir um pouco de segurança à população: a dos policiais civis (2.500 servidores) e dos delegados que percebem um dos salários mais baixos do País, não chegando a 50% dos colegas do Amapá e Maranhão. Os primeiros querem reposição e aplicação do plano de Cargos e Carreira, perdas acumuladas nos últimos 8 anos, somado a outros penduricalhos de fácil solução. Os segundos, 545 delegados da Polícia Civil espalhados pelo Estado, querem perceber o mesmo pago a outras carreiras jurídicas do governo. Justiça e Segurança custam caro, sendo obrigação pagar pelo menos o justo.
OS PROIBIDOS
VENDEM MAIS
Comum na região presidente de Associações ou Colônias de Pesca darem entrevista se queixando do governo estar atrasado com o pagamento do benefício “Seguro Defeso” (4 meses/ano, um salário mínimo) bancados pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador. Mas os reclamantes não contribuem para serem extirpados do meio dos pescadores artesanais de profissão (vivendo do pescado), os milhares falsos, mamando nas tetas da viúva, como também não é obedecido o período de procriação, não sendo importunados pelo Ibama e a categoria, encarregadas da fiscalização, o que não ocorre no Sul e Sudeste do País, religiosamente obedecida. Peixes de venda proibida são os mais vendidos, pelo menos em Santarém, com preços superiores ao quilo de filé de boi. Nesta Páscoa corre o risco de suplantarem o bacalhau. Os que não respeitam a lei nada têm a reclamar, muito menos falta de pagamento.
CORDA DE RELÓGIO
Dizem do comunitário Francisco Barbosa, presidente vitalício dos moradores do bairro do Aeroporto Velho, estar pegando corda dos adversários políticos da Prefeita para criar embaraços à construção das casas populares na “antiga área da Moaçara, devolvida pela BEC ao Município, antes tida como patrimônio da União”, de iniciativa da Prefeitura, a serem financiadas pela Caixa às famílias de baixa renda. Estranham do Chiquinho, como é conhecido, ameaçar impedir o início da construção, embasado em normas legais com alegação de parte do terreno ter sido doado a sua associação composta de moradores com residência fixa ou posse do terreno em local valorizado da cidade e terem os mesmos preferência em 450 imóveis em detrimento a milhares de famílias espalhadas pelas periferias. Chiquinho, os direitos são iguais, recomende seus seguidores a se cadastrarem na Prefeitura a partir de 3 de fevereiro e cumprirem as exigências da Caixa.
A CAPITAL DO CRIME
Brasília não é só a capital das grandes decisões nacionais como previu seu idealizador, ex-presidente Juscelino Kubistchek, há 56 anos. Com o tempo se transformou na cidade onde assaltos a dinheiro público são praticados hora a hora, não param. No início da semana passada ladrões entraram na Câmara Federal e levaram de uma das muitas lanchonetes existentes, 12 mil reais em moedas de 25 centavos a 1 real, vinte mil ao todo, agasalhadas em 25 sacos plásticos. Na 5ª, 19, o Ministério Público Federal denunciou à Justiça por peculato e formação de quadrilha uma funcionária do Tribunal Regional do Trabalho do DF, que com ajuda do marido, mãe e irmão, desviou em 5 anos próximo a 7 milhões de reais das contas do Tribunal, destinados ao pagamento de demandas judiciais, da qual era responsável, descoberta em dezembro, por acaso. Os do assalto a lanchonete estão desaparecidos; a funcionária, em liberdade, responde processo administrativo. Terra boa, né? Não precisa plantar pra colher.
VÃO CUSTAR A DECOLAR
Semana passada, coluna bem lida da imprensa da capital, anunciou de, a exemplo do PDT, o também deputado Lira Maia estaria desembarcando o DEM da base aliada do Governador. Dia seguinte, Vereador da legenda na Câmara de Belém, desmente a nota dizendo do Federal e o partido não pretenderem abandonar o barco. Vamos dizer que seja, mas a conversa na cidade é do partidarismo antes existente não ser mais o mesmo e de Simão Jatene ir encontrar dificuldade para fazer decolar seus candidatos na região. Tudo ainda em função das plebiscitárias. O mal da excelência foi dizer não ser contra nem a favor da divisão territorial. Com o tempo o povo esquece, mas ainda é cedo.
MUDOU
Antes vistos como irmãos siameses, os primos, advogado Helenilson Pontes “PPS”, vice-Governador, e Nélio Aguiar “PMN”, médico e Vereador, não mais dispensam um ao outro a mesma estima, estão separados. Os motivos reais nenhuma das partes sabe explicar o porquê. A verdade é de estarem há mais de 5 meses sem comunicação, nem pelo celular, tudo indicando de breve as coisas se tornem inexplicáveis. Numa de suas vindas à Santarém o vice visitou o Hospital Regional dispensando a companhia do primo médico. Para a maioria dos membros da colônia nordestina, Helenilson não é mais o mesmo de antes de ocupar o cargo, mudou, inclusive de amigos, sofrendo um desgaste político continuado, de difícil reversão. Na política, o difícil não é subir é saber descer. 4 anos passam rápido, principalmente se tiver pretensão e depender de votos. Odair Correa gostava de seguranças (PM’s a paisana), mas era mais humilde.
EXPLICADA A QUEDA
Normalmente obras de acostamento ou portos bancadas com dinheiro público, onde levam cimento, ferro, pedras e outros poucos penduricalhos, quando desabam dificilmente não aparecem culpados. Foi o que aconteceu em Oriximiná, quando parte do cais de arrimo em frente à cidade desabou durante temporal. Inicialmente a culpa debandou para a violência da chuva. Mas segundo o oriximinaense, boa praça, Nelson Vinencci, o acontecido tem outros ingredientes a acrescentar, antes que sejam transferidos a fenômenos naturais. A construção foi feita com recursos do Ministério dos Transportes no segundo governo do atual prefeito Luis Gonzaga, pelas construtoras Mello de Azevedo e Martop, e há anos o Prefeito vem sendo cobrado pelo Tribunal de Contas da União a devolver acima de um milhão e meio de reais, fruto de superfaturamento na obra. Está explicada a queda.
DISPUTA PELA CHAVE
A disputa pela chave do cofre do São Raimundo, promovida pelo atual presidente de plantão, Rosinaldo do Vale, ainda pode ir longe, graças ao despacho vapt-vupt do desembargador José Maria do Rosário, que concedeu na 1ª semana do ano efeito suspensivo à liminar concedida pela Juíza Betânia Figueiredo Pessoa, solicitada pela Junta Governativa depois do Rosinaldo ter sido afastado legalmente e, em dezembro (na marra), tentou retomar à direção do Clube. Na terça, 31, o presidente do Conselho Deliberativo, eleito dia 9, engenheiro Rubens Chagas, aguarda sua prestação de contas, após previamente cientificado, de 2007 a julho de 2011, onde milhões se evaporaram diante da cara de paisagem do Conselho Fiscal. Se até lá a Justiça não se pronunciar e o Rosinaldo não explicar com comprovantes onde foi gasto o dinheiro, mais uma vez pode ser afastado ou destituído.
QUEREM AVACALHAR
O Secretário Geral da FIFA em sua recente vinda ao País para vistoriar o andamento das construções e reformas dos estádios nos Estados que vão sediar a Copa do Mundo de 2014, declarou da venda de bebida alcoólica “cerveja” fazer parte do certame internacional e assim tem sido de 4 em 4 anos há mais de 30 em todas as cidades-sede onde vão se realizar os jogos. Mas, só que no Brasil, a venda é proibida por Lei desde 2003, para evitar violência nas arquibancadas, depois de ocasionar centenas de mortes, fazendo parte do Estatuto do Torcedor. Para satisfazer as exigências dos dirigentes, donos da festa, a companheira Dilma está sendo pressionada a ceder, mas difícil vai ser mudar a Lei no Congresso. Para a FIFA vender cerveja é uma questão comercial, para nós brasileiros, com a excelência se curvando a pressão, as conseqüências podem ser desastrosas.
CONTINUA NO MESMO
O bem avaliado Superintendente Regional da Polícia Civil no Baixo Amazonas, Gilberto Aguiar, e seus colegas delegados, vão continuar a conviver, na Regional de Santarém, com a falta de veículos para combater a marginalidade, principalmente traficantes de drogas. Das viaturas (5), desde novembro passado aguardando no pátio entrega solene por autoridade vinda da capital, ligada ao setor, só uma foi destinada à Superintendência local, entregue semana anterior pelo delegado geral Adjunto no Estado, Rilmar Firmino, vindo somar ao velho Paraty, precisando de reparos para não virar sucata. Se nosso Município é tratado assim, como devem trabalhar os delegados em cidades vizinhas? A bandidagem agradece.
Por: Ronaldo Campos