Com privatização de aeroportos, perspectiva é de investimentos de R$ 16 bi
Os números expressivos obtidos ontem pelos leilões dos aeroportos de Brasília, Guarulhos (SP) e Campinas (SP) animaram governo e empresários. Com o papel simbólico de abrir espaço para o investimento privado e iniciar uma fase de superação de entraves ao desenvolvimento, os resultados receberam manifestações positivas imediatas. “A transferência das operações desses aeroportos para a iniciativa privada representa uma quebra de paradigma no mercado aéreo brasileiro”, ressaltou a Confederação Nacional da Indústria (CNI) em nota. Para Paulo Godoy, presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), os leilões foram um “momento auspicioso”. “Com R$ 16 bilhões de investimentos previstos ao longo do período de concessão nos três aeroportos, os usuários e as empresas de aviação contarão com infraestrutura renovada, ampliada e modernizada”, sublinhou. Ele elogiou ainda a rapidez com que as regras para a concessão foram elaboradas.
As obras exigidas pelo governo até a Copa do Mundo de 2014 serão entregues no prazo, garantiram ontem os representantes dos consórcios vencedores. “A gente sabe da responsabilidade de entregar tudo que é previsto até a Copa”, disse o presidente da Invepar, Gustavo Rocha. A Invepar faz parte, juntamente com a sul-africana ACSA, do consórcio que arrematou a concessão de Guarulhos, o mais movimentado do país, por R$ 16,2 bilhões.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, considerou “excelente” o resultado, além de uma forte “demonstração de confiança na economia brasileira e no seu potencial”. Ele esteve presente aos leilões na Bolsa de Valores de São Paulo (BMampFBovespa), que reuniu 300 pessoas entre advogados, empresários e corretores. “O BNDES está preparado para apoiar a realização desses investimentos”, acrescentou, lembrando que o banco de fomento já ofereceu financiamento de até 80% dos projetos.
Fonte: Correio Braziliense