Homem abre fogo em universidade nos Estados Unidos
OAKLAND, Califórnia — A polícia identificou como sendo One L. Goh, um americano de origem coreana de 43 anos, o suspeito de ter cometido o ataque a uma universidade fundada por coreanos que resultou na morte de 7 pessoas nesta segunda-feira em Oakland, na Califórnia. Ele foi detido em uma loja a quilômetros de distância logo após o crime. Outras três pessoas ficaram feridas. Aparentemente o atirador, um ex-aluno da instituição que não frequentava as aulas havia meses, agiu sozinho.
Num país que assistiu a vários ataques em suas escolas nos últimos anos, o fato lembrou o massacre de Virginia Tech, em que o aluno Cho Seung-hui, de origem sul-coreana, matou 32 pessoas em 16 de abril de 2007.
Testemunhas disseram que o suspeito, um ex-aluno, abriu fogo já na recepção da escola. Depois, entrou em uma das duas salas onde havia aula e atirou indiscriminadamente. Era a primeira vez que ele ia à escola em quatro meses, disse Paul Singh, irmão de Devinder Kaur, de 19 anos, que foi atingida no braço.
— ‘Façam fila que eu vou matar todos vocês’, foi o que minha irmã me contou. No começo, eles acharam que era brincadeira — disse Singh.
Tashi Wangchuk disse que sua mulher estava na outra classe. Ela apagou a luz e trancou a porta quando ouviu o barulho de tiros, segundo ele.
— Ele (o atirador) bateu à porta e atirou diversas vezes e depois foi embora — disse Wangchuk
Segundo a polícia, dez pessoas foram atingidas, sendo que sete delas morreram.
— Vai levar algum tempo para juntarmos as peças do que aconteceu. Não é possível dizer o que o motivou ainda — disse um representante da polícia em conferência de imprensa, confirmando também a informação de que o suspeito era aluno da instituição.
Pastor ouviu 30 disparos durante o ataque
O Pastor Jong Kim, que fundou a universidade há 10 anos, afirmou ao jornal “Oakland Tribune” que o suspeito havia estudado enfermagem no local, mas já não era mais aluno da instituição. Kim não esclareceu se o estudante havia sido expulso ou se havia abandonado as aulas. O Pastor afirmou ter ficado dentro de seu escritório durante o incidente e contou ter ouvido cerca de 30 tiros
— Eu fiquei em meu escritório — disse, repetindo o barulho dos tiros.
Os bombeiros teriam recebido a primeira chamada de socorro às 10h50m (14h50 de Brasília).
— Uma das pessoas que estava no prédio disse que havia um cara louco lá dentro — contou Brian Snow, que estava no local, ao canal KGO-TV. — Ela disse que alguém foi atingido no peito do seu lado.
Autoridades ouvidas pela rede KTVU informaram que duas pessoas foram atingidas na cabeça. E pelo menos um homem foi retirado com manchas de sangue em um dos braços.
O suspeito foi preso em um centro comercial distante da universidade.
— Acreditamos que detivemos um indivíduo responsável pelo ataque — disse a porta-voz da polícia, Johnna Watson.
Goh fugiu com o carro de uma das vítimas e foi abordado pelos seguranças de uma loja por causa de sua atitude suspeita. Ele disse então que havia atirado em várias pessoas e que por isso devia ser preso. A polícia foi chamada e ele se entregou.
Imagens de TV mostraram policiais retirando estudantes e levando-os a veículos da SWAT enquanto blindados se posicionavam ao redor de prédios. Membros da SWAT entraram no prédio para certificar que não havia mais atiradores nem feridos no edifício.
“A perda trágica de vidas na Universidade Oikos é chocante e triste. Nossos pensamentos e orações vão para as vítimas, suas famílias e amigos e para toda a comunidade afetada por esse ato de violência sem sentido”, disse o governador da Califórnia, Jerry Brown, em nota.
Fonte: O Globo
