Entrevista com Carlos Silva
O jornalista CARLOS SILVA começou a carreira aos 21 anos, como repórter de uma rádio da Capital Paraense. Hoje, depois de passar pelas três maiores emissoras do estado, trabalha como Apresentador de telejornal e editor chefe.Ele revela: “eu adoro ser repórter, serei sempre um repórter. Essa é a palavra que me atrai: reportagem”. Atualmente CARLOS SILVA é Gerente de Jornalismo da Record News-Santarém e Repórter de Rede.
JS: Como você começou sua carreira jornalística?
CS: Eu comecei como jornalista na Rádio Guajará-Fm, de Belém em 1990, e depois voltei pra Santarém em 1992 e fui contratado pela Rádio Ponta Negra.. Foi uma experiência pela Rádio Ponta Negra-Am. Lá eu fui repórter de vários comunicadores, Edinaldo Mota, Bena Lago, Delson Santos e Arnoldo Campos. Depois veio a primeira oportunidade de aparecer na telinha,e fui desafiado a a me tornar um apresentador de telejornal. “SANTARÉM AQUI AGORA” na TV PONTA NEGRA, foi uma história que durou 8 anos… Depois veio a TV TAPAJÓS, lá fiquei por 6 anos.
JS: Nestes últimos anos muito se discutiu sobre a obrigatoriedade ou não do diploma de jornalista para exercer a profissão. Alguns profissionais são contra a obrigatoriedade alegando que aprendem muito mais na prática do jornalismo, apurando a notícia. E o que você acha disso?
CS: Muitos jornalistas foram às ruas protestar; outros manifestam sua insatisfação nas redes sociais. Entretanto, alguns até defendem a atitude.
A questão é bastante complexa. Há muito tempo pessoas sem formação acadêmica atuam em grandes e pequenas redações. Aos que pensavam em estudar jornalismo e aos que já estudam só posso dizer uma coisa. Estudar sempre vale a pena. A vivência diária no jornalismo é essencial para o conhecimento. Entretanto, é preciso deixar claro que o jornalismo por si só é uma profissão incompleta. Não podemos ser profissionais generalistas, daqueles que cobrem a editoria de política pela manhã, e comenta o jogo de futebol à noite.
Se a categoria enfrenta esses problemas agora, foi porque de certa forma, nós falhamos. Erramos em ser superficiais demais, em acharmos que somos super-heróis e por falarmos besteiras em áreas que não nos especializamos.em 20 anos de carreira. Eu não tenho formação acadêmica em jornalismo,mas digo sem medo de errar que não troco toda a experiência que adquiri ao longo de todos esses anos,mas também não descarto a possibilidade,apesar de minha vida corrida de ainda cursar Jornalismo.
JS Que perfil precisa ter um profissional para se destacar e conseguir oportunidades nas grandes empresas jornalísticas?
CS: Eu acho que o essencial em telejornalismo é o repórter, e um bom repórter será um bom repórter em qualquer emissora de televisão. Existem emissoras que têm mais estrutura, outras que têm menos, umas que dão liberdade, outras que não dão, mas nada substitui o trabalho do repórter, que, tendo qualidade, vai se destacar em qualquer emissora de televisão.
JS O que é mais estimulante no jornalismo?
CS: O desafio… Boa parte da minha carreira foi feita dentro da TV TAPAJÓS -Rede Globo de Televisão, onde eu ganhei experiência, como apresentador, eu tive oportunidade de participar de Cursos com jornalistas consagrados da Globo.com tudo isso, era o momento de um novo desafio, e esse desafio veio com minha contratação pela RECORD-BELÉM em 2008. A passagem pela RECORD, foi muito importante, foi lá que eu aprendi a ser um Repórter.
JS:Qual a sua melhor e pior reportagem?
CS: Essas duas são mesmo marcantes, pra mim a melhor foi aquela reportagem na qual os pescadores da região do Igarapé do Costa estavam matando Botos para usar a carne como isca para outro peixe chamado piracatinga.que não é saboreado em nossa região,mas no México e Colômbia,é um prato fino.além de usarem a carne do BOTO,eles ainda vendiam o sexo do BOTO E BOTA para donos de lojas de perfumes exóticos e afrodisíaco de outros estado do país. Essa reportagem saiu em rede estadual e nacional na Record.A pior foi quando eu cobri a busca de uma mãe pela filha menor de 15 anos que estava tendo um romance com o tio. Essa reportagem rendeu uma série no Santarém Record,e eu só descansei quando a policia prendeu o tio da menor e ela voltou ao convívio da mãe.
JS: A imprensa santarena?
CS: Tranquila para se trabalhar ainda! Ótimos profissionais.
JS Quais as dicas que você daria aos jornalistas de Santarém?
CS: Que persistam em busca de fazer sempre o melhor…que procurem apurar os fatos com detalhes,só assim se conquista a credibilidade do público santareno.
BATE – BOLA
** Família?
Meu Porto Seguro
** Fé?
DEUS…nele está a minha confiança!
** Uma palavra?
Humildade
** Amor ou paixão?
AMOR,acima de tudo.PAIXÃO é passageira, O AMOR permanece.
** Uma música?
Let It Be – The Beatles
** Um livro?
Bom dia Espirito Santo
** Rádio, Televisão, Jornal Impresso ou Jornal Online?
Televisão