Índio Munduruku é covardemente agredido a terçadadas em Itaituba
As gangues que aterrorizaram a cidade de Itaituba durante muito tempo estiveram sumidas até que a falta de segurança pública e as condições sociais possibilitaram seu retorno. Desta vez não dispensam mais nem os indígenas que também possuem seus direitos privilegiados em Constituição.
No sábado passado um jovem indígena foi brutalmente espancado e covardemente agredido a golpes de terçado às proximidades da Escola Aparecida, no bairro de São Tomé, por volta das 20 horas.
O rapaz que vinha da casa de um tio que mora próximo a escola a pedido de sua mãe foi interceptado por vários rapazes integrantes de uma gangue que está aterrorizando o bairro. Tentou fugir, pois estava de bicicleta, mas eles queriam mesmo era a bicicleta e dar fim a sua vida, como ficou constatado através da brutalidade desferida.
Roubaram a bicicleta semi nova que servia para levá-lo a escola e o celular que tinha ido buscar na casa do seu tio. E por pouco não deram um fim precoce à vida de Jonathan Ikom Alves, de apenas 16 anos.
Dona Idelita Ikom Munduruku, que agora se reveza entre o trabalho e o hospital nos cuidados com o seu filho, pede nada mais, nada menos do que justiça. A justiça que serve para levar aos tribunais aqueles que cometem delitos contra a sociedade, contra aqueles que trabalham, pagam seus impostos e, portanto, devem ter seus direitos garantidos, como, por exemplo, o direito de ir e vir.
Foi mais uma tentativa de homicídio. E essa gangue, segundo informações de vizinhanças que tem medo de se identificar e sofrer agressões, é formada não apenas por menores, mas rapazes maiores de idade que já podem responder pelos seus atos. Se a Justiça assim determinasse.
E que a própria sociedade sabe que se a segurança pública permite a formação dessas gangues sem fazer absolutamente nada para proteger a as pessoas de bem, elas crescem como parasitas atingindo a todos. Cerca de sete anos atrás, Dona Idelita, mãe de Jonathan, teve o filho mais velho atingido por uma bala pelos mesmos que esta semana atacaram seu filho mais novo. Por isso vem a publico denunciar esta situação. Ela e as famílias indígenas da praia do Mangue já estão fartas de tantas agressões provocadas por esses meliantes.
Fonte: RG 15/O Impacto e Nazareno Santos