Deputado quer debater construção de hidrelétricas no Pará
O anúncio é do governo Federal e as novas geradoras de energia elétrica que já tem endereço certo: os rios Itacaiunas, Tapajós, Jamanxim, Trombetas e Puru do Oeste, deixou em alerta o deputado estadual Nélio Aguiar (PMN). O Deputado solicitou, na terça-feira (22), a realização de uma sessão especial para debater o assunto. “O debate se faz imprescindível diante de um futuro incerto quanto aos danos causados ao nosso Estado e a região, o temor de um desastre ecológico que só o tempo poderá confirmar”, defendeu.
Nélio Aguiar solicitou, ainda, que sejam notificados para participar da sessão especial a direção da Eletronorte, as autoridades constituídas do Estado, assim como os movimentos sociais de cada Município em que o governo central estuda a implantação dos projetos.
Ele disse, ainda, que por conta de um repentino crescimento econômico, o Pará voltou ao cenário nacional como o almoxarifado do Brasil. Um misto de tristeza e alegria se mescla quando a euforia do povo paraense se confunde com a incerteza do destino do nosso Estado. O Brasil caminha a passos largos em direção do primeiro mundo. O devedor de ontem, hoje é um dos credores do Fundo Monetário Internacional (FMI). A descoberta de minérios, a notícia do colossal campo petrolífero do Nordeste serve de perspectivas para a mudança da imagem brasileira no cenário mundial. “Porém, para fazer frente ao festejado crescimento, o território paraense vai perder grande parte de sua extensão territorial com as barragens de algumas
hidroelétricas e, esse debate que, como parlamentar, que quero realizar, não somente com o poder público, mas com a comunidade que será diretamente afetada com a construção das hidrelétricas em seus territórios”.
O parlamentar denuncia que o governo Federal no entusiasmo fala em KW sem declinar a extensão de cada projeto que se prenuncia desastroso, na análise de renomados especialistas em impactos de barragens na região amazônica.
Nélio Aguiar disse que é inegável que o Brasil precisa de energia para fazer frente ao crescimento, mas os paraenses não podem aceitar um modelo que concentra a riqueza e explora os recursos naturais, afetando o equilíbrio do meio ambiente. “Precisamos ter a contrapartida com o respeito às condicionantes para que não se repitam os abusos praticados em Tucuruí”, alertou.
Fonte: RG 15/O Impacto e Kátia Aguiar
SENDO QUE A IGREJA DEVE SER CONVIDADA, É ELA QUE A ÚNICA INSTIUTIÇÃO QUE AINDA TEM INTERESSE EM DEFENDER O POVO