Municípios do Pará vão poder receber recursos
Dezessete dias depois que a prefeitura de Santarém decretou situação de emergência, o Ministério da Integração Nacional reconheceu essa condição e com isso permite o repasse de recursos federais e estaduais e outras ajudas em caráter de emergência ao município. Através da Defesa Civil, tanto a nível estadual como municipal, o atendimento aos problemas causados pela enchente passam a ser prioridade máxima. A portaria, reconhecendo a situação de emergência em Santarém, Almeirim e Terra Santa, foi publicada no Diário Oficial da União de ontem (25) e as prefeituras esperam receber o mais rápido possível recursos que foram solicitados para ajuda humanitária às famílias atingidas e para infraestrutura da cidade.
Segundo o tenente-coronel BM Almeida, coordenador adjunto da Defesa Civil do Estado, que se encontra em Santarém com uma equipe de técnicos para fazer o acompanhamento das pessoas afetadas pela enchente, independente do reconhecimento que já foi oficializado, as ações da Defesa Civil vão continuar e agora Santarém deverá receber também o apoio do Sistema Nacional de Defesa Civil e do Estado no atendimento das famílias afetadas. Ele disse que, apesar de o nível do rio Tapajós ter baixado nessa última semana, a tendência ainda não é consolidada, daí a importância de continuar o monitoramento 24 horas por dia para observar o comportamento do nível do rio. Na mesorregião do Baixo Amazonas, 23.031 famílias foram afetadas pela enchente até o momento e dessas 172 estão desabrigadas. Nos últimos dois dias, o nível do rio Tapajós esteve registrando 7,90, tendo assim um decréscimo de 14 centímetros, já que o máximo que ele alcançou este ano foi 8,04 metros.
O governo do Estado enviou a Santarém dois técnicos da Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) para verificar nos municípios afetados os problemas com a cheia e os possíveis na pós-cheia, que são as doenças de veiculação hídrica como hepatite, leptospirose e febre tifoide. Estão em Santarém Reinaldo Lima, coordenador de informações técnicas de zoonoses, e Daniele Galindo, do Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (Cives). Eles também avaliam as estruturas dos municípios e de que forma a Sespa pode ajudar a Defesa Civil.
Segundo estimativas da Defesa Civil, a necessidade do município de Santarém é de 1.500 cestas básicas, 90 m³ de madeira e 800 kits humanitários. Para a mesorregião, serão necessárias 9.700 cestas, 880 m³ de madeira, 9.700 kits humanitários e 32 kits de medicamentos.
Fonte: Diário do Pará