Novo ministro será relator do mensalão mineiro

Advogado Luís Roberto Barroso
Advogado Luís Roberto Barroso

Recém-indicado pela presidente Dilma Rousseff para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado constitucionalista Luís Roberto Barroso será relator da ação penal do chamado mensalão mineiro, segundo informações da assessoria de imprensa do tribunal.

Quando Joaquim Barbosa assumiu a presidência do Supremo, deixou para o novo ministro todos os processos de sua relatoria cujos julgamentos não estavam marcados. A regra é que o novo presidente deixa o estoque para o antecessor, mas Carlos Ayres Britto se aposentou.

Segundo a assessoria do Supremo, quando Barroso tomar posse haverá redistribuição dos processos de Joaquim Barbosa para ele. Segundo o site do Supremo, o estoque de processos do atual presidente do STF supera 7 mil ações.

No processo do mensalão mineiro, o deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) é acusado de se associar a Marcos Valério para o desvio de verbas e arrecadação ilegal de recursos durante a campanha eleitoral do PSDB para o governo de Minas em 1998. Azeredo sempre negou irregularidades.

No processo do mensalão envolvendo integrantes do PT e de partidos aliados, 25 foram condenados pelo Supremo no segundo semestre do ano passado, entre eles Valério, que pegou mais de 40 anos de prisão.

Outra ação sobre o mensalão mineiro é contra o senador Clésio Andrade (PMDB). Ao contrário do mensalão envolvendo petistas, Marcos Valérios e os sócios não são réus no Supremo pelas acusações e respondem a processos que correm na primeira instância da Justiça de Minas.

Em outubro do ano passado, em meio ao julgamento do mensalão do PT, Barroso fez um único comentário acerca do escândalo em um blog que mantém para discutir questões ligadas ao direito e às artes. No post, ele relata uma entrevista que deu sobre o tema.

“Há um modo ruim de se fazer política no Brasil que vem de muitas décadas e esta é uma boa oportunidade para repensar o sistema eleitoral e o sistema partidário. O país precisa de uma reforma política urgente e não há como realizá-la agradando a todos. Será preciso fazer escolhas. O próximo ou próxima Presidente da República deveria investir todo o capital político do início de mandato para mudar este modelo”, escreveu o advogado.

Fonte: G1

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