Dilma do PT pode perder o mandato e pegar 4 anos de cadeia

A situação da prefeita de Belterra(PA), Dilma Serrão(PT) se complicou depois da última audiência realizada no dia 11 perante a Justiça Eleitoral. Tudo porque o depoimento das testemunhas José Farias e Pamela Rayol esclareceram fatos importantes perante a Justiça.

Em depoimento José Farias falou sobre a demissão de todos os servidores que cuidavam da horta municipal e estavam lotados na Secretaria de Agricultura, confirmando assim o depoimento prestado no dia 20 de maio pelo ex-Secretário de Administração, Edcley Dias, de que a após as demissões a SEMAGRI ficou parcialmente paralisada.

O ex-Secretário de Administração, Edcley Dias afirmou que na Secretaria permaneceu com um Coordenador, cargo logo abaixo da Secretária e que não lembrava do nome de tal servidor. “Mentira do Ex-Secretário! Ele sabia o nome e sobrenome do Coordenador que não foi demitido: José Nicanor, conhecido por “Gito” e presidente do PT de Belterra, porém preferiu mentir em juízo”, denuncia José Farias.

A Testemunha José Farias confirmou que “Gito”, presidente do PT de Belterra, não foi demitido da SEMAGRI. Seguindo seu depoimento a testemunha afirmou que não foi ele quem assinou a declaração as fls. 36, e que a declaração foi ditada por ele e escrita pela filha Natalina que também assinou a declaração, que a pedido do advogado Dr. Dilton Tapajós, foi lida e a testemunha confirmou  os termos de tal documento, esclarecendo ainda que ninguém solicitou que o ele prestasse a declaração que tinha acabado de ser lida.

Pamela Rayol – Já o depoimento da Testemunha Pamela Rayol, causou grande impactopois trouxe a tona como são feitos os acordos políticos e as traições do PT  em Belterra que não dispensa nem mesmos seus filiados na hora de comprarem apoio politico.

Acordo com Geraldo Pastana – Primeiramente Pamela Rayol confirmou que começou a trabalhar na Prefeitura de Belterra em decorrência de um acordo como ex-prefeito Geraldo Pastana(PT) e que tal acordo consistia em que a Pamela deixasse de trabalhar para o então Deputado Ganzer(PT) e passasse a apoiar a candidatura de Airton Faleiro(PT) em troca do apoio Pamela passou a trabalhar no gabinete do Prefeito Pastana(PT) e a casa de Pamela foi devidamente enfeitada com as propagandas do hoje Deputado Airton Faleiro(PT) aliado de primeira mão da prefeita Dilma Serrão(PT).

Comitê de Dilma Serrão – Pâmela Rayol detalhou que nas eleições de 2008, a então candidata Dilma Serrão (PT) teve total apoio da família da testemunha e que inclusive o seu comitê eleitoral era na residência da mãe de Pâmela Rayol que atualmente detém cargo de confiança no Governo de Dilma do PT.

Acordo com Dilma – perguntada por que tinha desistido de ser testemunha no processo Pâmela Rayol rasgou o verbo e disse que tudo teria sido em virtude de um acordo feito entre ela a prefeita Dilma e a Diretora Estelina em uma reunião na residência desta.

O acordo firmando, segundo a testemunha relatou em juízo, consistia em que Pâmela não mais testemunharia em juízo e que em troca teriavaga garantida no Conselho Tutelar de Belterra cuja eleição foi comandada pela SEMTEPS, e caso a mesma não fosse eleita teria garantida vaga de professora no segundo semestre do presente ano.

Conselho Tutelar – Pâmela confirmou que participou das eleições para o Conselho Tutelar indicada pela SEMTEPS, não fez campanha e que teria obtido 254 votos, o que não lhe garantiu a eleição, confirmou também que a irmã do Secretário da SEMTEPS, foi eleita com mais de 500 votos, na eleição que estava sob a supervisão do próprio Secretário e que pelo seu conhecimento o Ministério público não participou da apuração dos votos.

Quebra do Acordo – A testemunha afirmou que resolveu testemunhar depois de lê na internet que teria sido acusada pela Diretora Estelina de maus tratos a crianças, o que a testemunha negou categoricamente, afirmando que nunca foi chamada atenção por qualquer fato desta natureza e que nunca respondeu a qualquer Processo Administrativo por qualquer razão que seja, e esta teria sido a razão de procurar a justiça para esclarecer os fatos negativos imputados a sua pessoa.

A testemunha mostrou-se surpresa com a atitude das testemunhas da prefeita uma vez que segundo ela não fazia parte do acordo denegrirem a sua conduta profissional, razão pela qual entendeu que o acordo não estava mais valendo e viu-se obrigada a depor para trazer a verdade aos fatos.

Seguindo o seu depoimento Pâmela Rayol disse que não relatou anteriormente o seu acordo com a prefeita com medo de ser prejudicada e prejudicar a prefeita Dilma Serrão (PT) e que acreditava que a única razão para a sua demissão teria sido motivos políticos.

Ministério Público – diante dos depoimentos das testemunhas, José Cruz e Pâmela Rayol, o Ministério Público Eleitoral solicitou que cópia do termo de fosse enviado ao Ministério Público para apuração quanto ao depoimento da testemunha José cruz que afirmou que não foi ele quem assinou a declaração.

Já em relação ao depoimento da testemunha Pâmela o Ministério Público Eleitoral fez dois pedidos: o primeiro para que fosse encaminhada cópia do presente termo de audiência ao Ministério Público Federal descrito no art. 343 do CP, que prevê pena de 03 a 04 anos de reclusão, crime cometido, em tese, pela Senhora Dilma Serrão, requerendo ainda, que fosse enviada cópia do mesmo termo de depoimento da Senhora Pamela Katrine Azulay Rayol ao Ministério Público Estadual, para apuração dos fatos referentes a suposta fraude da eleição do conselho Tutelar de Belterra.

Fonte: RG 15/O Impacto