Índios sequestram biólogos no Pará

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Índios mundurukus sequetram biólogos em Jacareacanga

Um grupo de 150 indígenas da tribo Munduruku, do oeste do Pará, sequestrou três biólogos que faziam estudos para implantação das hidrelétricas de São Luís do Tapajós e de Jatobá. Os pesquisadores são funcionários da empresa Concremat, que presta serviços para o Consórcio Grupo de Estudos Tapajós, formado pelas empresas Camargo Correia, GDF Suez, Eletrobras e Eletronorte.

Inicialmente, os reféns, que chegaram a ser amarrados, foram mantidos sob vigília dos índios no coreto da praça principal de Jacareacanga (PA). À noite, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) informou que os indígenas resolveram ir embora para uma aldeia levando junto os três biólogos. Os índios questionam as grandes obras do governo federal.

A Secretaria-Geral da Presidência da República está em contato com os indígenas, de forma a estabelecer uma negociação para liberar os reféns. O objetivo do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral, é que os biólogos sejam liberados rapidamente. Segundo nota do Cimi, os indígenas retiraram cerca de 25 pesquisadores e biólogos na noite de sexta-feira das terras indígenas.

“Os técnicos coletavam amostrar da fauna e flora da região para os estudos ambientais e de viabilidade das usinas no rio Tapajós”, informa o Cimi em nota oficial.

A tribo Munduruku é a mesma que veio a Brasília, há duas semanas, negociar com a Secretaria-Geral da Presidência a paralisação das obras de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Diante da ameaça de tomar os canteiros de obras das hidrelétricas, a Secretaria-Geral solicitou às Forças Aéreas Brasileiras (FAB) que transportasse os índios do Pará a Brasília (DF) para negociar no Palácio do Planalto. Uma vez na capital federal, os indígenas invadiram a sede da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Fonte: Estadão

 

Um comentário em “Índios sequestram biólogos no Pará

  • 23 de junho de 2013 em 19:51
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    Isso é um atentado a lei. Esses biologos permanecem amarrados, foram exibidos na cidade, andando com braços amarrados.

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