Surto de Calazar aumenta procura por vacina de cães no CCZ

Vacina contra Calazar
Vacina contra Calazar

Preocupados com os dois casos confirmados de Calazar em humanos no final do primeiro semestre deste ano em Santarém, dezenas de donos de cães procuram diariamente o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), localizado na Avenida Moaçara, no bairro do Aeroporto Velho, para vacinar os animais.

A confirmação do segundo caso da doença no início do mês de junho em Santarém serviu de alerta para muitos proprietários de cães. Preocupados, eles passaram a levar os bichos no CCZ para realizar o exame que constata a doença.

Não é de hoje que a cidade apresenta autos índices de animais portadores de Calazar. No semestre passado, dados do CCZ apontam que 70 cães foram identificados com a doença e tiveram que ser sacrificados. A resistência dos donos em entregar os bichos com sorologia positiva é um dos principais entraves.

“Muitas vezes o cão está doente, mas por não apresentar sintomas o dono do animal acha que está tudo bem. As pessoas sabem que manter o animal no convívio da família é perigoso porque o mosquito pode picar o cão e depois picar alguém da casa ou da vizinhança e transmitir a doença.”, explicou a médica veterinária Alessandra Castro.

O CCZ realiza a coleta de sangue dos animais de segunda a sexta-feira de 08h00 às 16 horas. O resultado do exame sai entre 10 e 15 dias.

CASOS CONFIRMADOS: Em junho último, uma criança de 7 anos que estava internada no Hospital Municipal de Santarém (HMS) foi diagnostica com a doença. O caso foi confirmado no dia 14 do mês passado, pela Divisão de Vigilância em Saúde (Divisa).

O menor estaria em tratamento a cerca de uma semana naquela unidade de saúde. Ele teria dado entrada com os sintomas de leishmaniose, sendo submetido ao teste rápido realizado por profissionais do laboratório do CCZ, cujo resultado deu positivo para a doença.

A criança reside com a família no bairro de São Cristovão, na grande área do Santarenzinho. Por conta da confirmação uma equipe do CCZ esteve na localidade para examinar os cães e moradores.

No dia 01 de fevereiro, um bebê de 7 meses, Thayla Cristina, morreu depois de ficar duas semanas internada no Hospital Municipal. A menor morava no bairro do Aeroporto Velho, território com vários registros da doença em cães. A garota acabou indo a óbito depois de uma infecção generalizada.

Dados do CCZ mostram que do mês de janeiro até junho deste ano 70 casos de Calazar em cachorros foram confirmados, destes 30 somente nos últimos dias.

Fonte: RG 15/O Impacto

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