Operação Monte Carlo: Procurador representa contra Roberto Gurgel
O procurador da República, Manoel Pastana, que em maio de 2012 representou contra o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, para que explicasse o recebimento de, por suposto, R$ 15 milhões de honorários de Carlos Cachoeira, alçou a mira rumo à própria instituição à qual pertence.
Pastana mira três coelhos com um só cajado ao representar, ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), contra o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a subprocuradora Claudia Sampaio e o corregedor-geral, Eugênio Aragão.
O objeto da representação é a “Operação Monte Carlo” que varreu da vida pública o então cancão de fogo do Senado, Demóstenes Torres: Pastana acusa a trinca retro citada de desídia, por ter sentado, por mais de um ano, sobre todas as provas, enviadas pela PF à PGR, do envolvimento do ex-senador com a quadrilha chefiada por Cachoeira.
Graves ocorrências
A representação, protocolada em 22.07.13, no CNMP e vinda ontem (6) à luz em nota da “Folha de S. Paulo”, aponta “graves ocorrências” e assevera que “há fortíssimos indícios de que a PGR faltou com a verdade ao afirmar que reteve o mencionado inquérito por razões de estratégia.”.
A representação de Pastana é enigmática, mas ele deve estar com as mangas cheias de cartas, pois se dispõe a provar o que diz, caso o CNMP não lhe ignore a lavra, do mesmo jeito que é ignorado, pelo Conselho Nacional de Justiça, o salto triplo carpado que o presidente do STF cometeu para comprar um apartamento em Miami.
Em verdade vos digo
Como esse pessoal sabe que caititu fora da manada vira comida de onça, eles agem como formigas em enchente: protegem-se um no outro até a enchente vazar, por isso não creio que aconteça coisa alguma, a não ser que um deles vire político.
O Brasil já conhece a cara dos políticos, mas a magistratura e o MP, salvo as honrosas exceções, ainda são eminências que escapam às espiadas da plebe: as portas deles não tem buraco de fechadura.
Fonte: Blog do Parsifal