Brasileiro é sentenciado à prisão perpétua por três mortes nos EUA
Um brasileiro que foi condenado nos Estados Unidos pela morte de um casal e seu filho de 7 anos foi sentenciado na segunda-feira (26) à prisão perpétua no estado de Nebraska. Ele já havia sido considerado culpado pelo triplo homicídio, ocorrido em 2009, em um julgamento realizado em outubro de 2012.
A sentença foi decidida por três juízes que analisaram o processo – eles poderiam ter condenado o réu à pena de morte. José Carlos Oliveira Coutinho, de 38 anos, foi um dos três brasileiros acusados da morte de Vanderlei Szczepanik, da mulher dele, Jacqueline, e do filho do casal, Christopher. Os três desapareceram em dezembro de 2009. Szczepanik trabalhava como empreiteiro e coordenava uma obra no condado de Douglas, no estado de Nebraska. As vítimas também eram do Brasil.
Um dos advogados de Coutinho, Horacio Wheelock, disse que pretende recorrer da decisão – segundo ele, novas evidências que contradizem os depoimentos das testemunhas de acusação surgiram desde o julgamento.
De acordo com o advogado, um outro preso disse que uma das testemunhas que colocou Coutinho no local do crime afirmou que o acusado não estava presente no local onde a família foi morta.
A decisão de condenar Coutinho foi embasada no depoimento de Valdeir Gonçalves Santos, que trabalhava com o acusado e confessou ter participado das mortes.
Aos jurados, Santos deu detalhes de como ele, Coutinho e um terceiro homem espancaram Szczepanik até a morte e depois enforcaram Jacqueline e Christopher. Os corpos dos três foram esquartejados e depois jogados no Rio Missouri. Os corpos de Vanderlei e Jacqueline nunca foram encontrados.
Santos recebeu uma pena de 20 anos de prisão – ele se declarou culpado e aceitou testemunhar no julgamento de Coutinho. O terceiro homem, Elias Lourenço Batista, foi deportado e está no Brasil. A família das vítimas espera que ele seja extraditado para os Estados Unidos, onde poderá ser julgado.
Os três homens trabalhavam na obra de Szczepanik. Segundo a acusação, o crime foi cometido por dinheiro.
Fonte: G1