Policial rodoviário que matou vigilante presta depoimento em Santarém

Carlos André
Carlos André

O policial rodoviário federal Carlos André da Conceição Costa acusado de assassinar com dois disparos à queima roupa o vigilante David Martins dos Santos, de 37 anos, está sendo aguardado na tarde desta quinta-feira, 12, em Santarém, para prestar depoimento na sede da Justiça Federal, na Avenida Marechal Rondon.

O depoimento do militar gera expectativa em amigos e familiares do vigilante.

O crime aconteceu no dia 24 de setembro de 2012. Na época, o agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi indiciado por homicídio doloso, quando há intenção de matar.

No inicio de outubro de 2012, o policial foi transferido de Santarém para o Presídio Estadual “Coronel Anastácio das Neves”, específico para servidores públicos presos, situado no distrito de Americano, em Santa Izabel do Pará, nordeste do Estado.

Em depoimento prestado ao delegado Gilvandro Furtado na presença de promotores de justiça, o suspeito assumiu ser o autor dos disparos, mas assegurou que usou a arma em legítima defesa.

De acordo com a Polícia, o suspeito afirma que estava de férias em Santarém, quando percebeu que um homem armado revistava jovens na Praça do Mirante do Tapajós. Por acreditar que se tratava de um assalto, ele sacou sua arma pessoal, se identificou como policial e ordenou que o homem levantasse as mãos. O vigia, porém, teria sacado a arma que levava na cintura e, por isso, o policial federal teria disparado.

Após os tiros, o agente chamou a Polícia Militar e o serviço de ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Segundo a polícia, como ele se apresentou espontaneamente, a legislação brasileira afirma que não poderia ser autuado em flagrante e, assim, foi liberado após o assassinato.

Com a decretação da prisão preventiva, o policial rodoviário federal ficou preso, na sede da PRF, na capital Federal, até ser transferido para Santarém, por ordem da Justiça. Ele permanecerá preso até o julgamento.

Por outro lado, a família do vigilante não acredita na tese de legítima defesa. “A justiça vai mostrar isso. Porque meu filho morreu com os braços para cima e bandido não levanta os braços”, questiona Raimunda Martins, a mãe da vítima.

As armas usadas pelo policial e a do vigia, um revólver calibre 38 com numeração raspada, foram apreendidas e encaminhadas para perícia. O laudo comprovou que os disparos que levaram à morte da vítima partiram da arma do policial e que a vítima recebeu dois tiros na região torácica.

Fonte: RG 15/O Impacto

Um comentário em “Policial rodoviário que matou vigilante presta depoimento em Santarém

  • 14 de setembro de 2013 em 08:49
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    è isso aí puliça, a classe lhe apóia, força!

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