Marina diz que decisão do TSE não representa uma derrota à Rede

Ex-senadora Marina Silva
Ex-senadora Marina Silva

A ex-senadora Marina Silva disse na manhã desta sexta-feira, pelo Twitter e pelo Facebook, que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de não conceder o registro da Rede Sustentabilidade “não representa uma derrota. A Rede continua”. Segundo nota do partido divulgado por Marina, a decisão “resulta tão somente em um atraso no processo irreversível de reformas do país”. Para a ex-senadora, o resultado proferido pelo TSE é “uma clara demonstração dos entraves burocráticos que os brasileiros têm de enfrentar”.

“Mesmo que matem milhares de flores não poderão impedir a chegada da primavera”, escreveu a ex-senadora no microblog.

O texto divulgado nas redes sociais, no entanto, não fala sobre a decisão de se filiar a outro partido para se candidatar à Presidência da República em 2014. Marina deve anunciar o seu futuro político nesta sexta-feira. Hoje, o presidente nacional do PEN (Partido Ecológico Nacional), Adílson Barroso Oliveira, disse que o partido está aberto a filiar a ex-senadora Marina Silva e todo seu grupo da Rede. Segundo Barroso, o partido está mantendo negociações com Marina.

Marina e o partido também endureceram as críticas sobre os cartórios eleitorais. A nota ressalta que “exigências descabidas e ilegais por agentes do Estado, atrasos injustificados e regras inaplicáveis foram alguns dos entraves enfrentados pela #Rede ao longo do processo de criação do partido”.

A votação do TSE contrária à criação da Rede neste momento não representa uma derrota. A Rede continua – http://t.co/4WTJSOjZ3x

— Marina Silva (@silva_marina) October 4, 2013

“Da mesma forma, ficou evidente a estrutura precária do Estado brasileiro, incapaz de cumprir as leis que ele impôs a si mesmo. Cartórios com pessoal sem treinamento; falta de insumos básicos para executar o trabalho; inconsistência generalizada nos dados utilizados para comparação das assinaturas. Tudo isso culminou em uma situação paradoxal, na qual o mesmo órgão que exige o cumprimento da lei que prevê 492 mil assinaturas certificadas para aprovar a criação de um partido, não exige o cumprimento de outras que permitiriam viabilizar as certificações nesse montante, como a validação das assinaturas em até 15 dias ou a obrigatoriedade de se justificar todo ato administrativo”.

Após a sessão do TSE, Marina Silva se reuniu com cerca de 20 aliados mais próximos em um encontro de seis horas que varou a madrugada. A ex-senadora ouviu apelos tanto para ser candidata por uma nova legenda – o que a obrigaria a filiar-se até amanhã – quanto para adiar o projeto presidencial para 2018 e insistir na criação da Rede. Os presentes chegaram a apresentar uma série de partidos que teriam oferecido legenda à senadora, mas o debate polarizou-se entre a possibilidade de migrar para o PPS ou o PEN.

Um dos principais entusiastas da criação da Rede, o deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ) defendeu que Marina Silva se filie a outro partido e saia candidata. Em entrevista à Rádio CBN na manhã desta sexta-feira, o deputado pedetista disse que deseja ‘ardentemente’ que Marina seja candidata nas eleições do ano que vem.

Fonte: O Globo

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