Famílias santarenas preparam homenagens para o Dia de Finados

Limpezas no Cimitério
Limpezas no Cimitério

A menos de uma semana para o dia 2 de novembro, quando é lembrado o “Dia de Finados”, centenas de famílias de Santarém continuam os preparativos para homenagear seus entes queridos. Guirlandas, velas especiais, flores, fotografias, entre outras homenagens estão sendo preparadas para fazerem parte das homenagens nas catacumbas, mausoléus, entre outros.

Para vendedores ambulantes, o “Dia de Finados” também é época para se faturar um dinheiro extra. Nos dias que acontecem as homenagens aos falecidos, centenas de comerciantes instalam suas barracas nos arredores dos dois maiores cemitérios de Santarém, o São João Batista e o Cemitério dos Mártires.

Às vésperas do “Dia de Finados”, os vendedores de flores e velas e os zeladores de sepulturas apostam em maior faturamento. Em frente aos dois maiores cemitérios de Santarém, os quais contam com mais de 80 mil sepulturas, vendedores de flores preparavam rosas que serão vendidas até o sábado, 2. Alguns vendedores já fizeram encomendas de 40 mil galhos de flores.

PROGRAMAÇÃO: A Pastoral Urbana de Santarém elaborou a programação nos cemitérios centrais da cidade, no Mararu e no Cambuquira, no dia 2 de novembro. O objetivo é favorecer oportunidade para reflexão e celebração da vida, na perspectiva de acompanhar e alimentar o povo na fé e na esperança da ressurreição. Reflexões, músicas, orações e celebrações vão estar sob a responsabilidade das paróquias e áreas pastorais.

A novidade será o trabalho de equipes que irão visitar as pessoas que estarão nos túmulos de seus entes queridos. Durante as visitas, será distribuído um folder com mensagens e leituras bíblicas. As equipes serão formadas por jovens e outras pessoas das paróquias, áreas pastorais e movimentos eclesiais.

ESPAÇO: Em meio às homenagens as pessoas sepultadas nos cemitérios de Santarém, um problema chama atenção da sociedade local, falta espaço para enterrar novos mortos. Segundo o administrador dos cemitérios da cidade, Carpegiane Aguiar, atualmente existem mais de 392 mil mortos enterrados nos campos-santos da cidade.

A necessidade de construir um novo cemitério municipal existe, porém, a Prefeitura ainda não conseguiu um local apropriado para construí-lo. Hoje, só são permitidos novos sepultamentos àqueles que detêm sepulturas próprias, já que não existe terra disponível para novos túmulos.

INFORMATIZAÇÃO: Carpegiane informou que nos próximos meses, será feito o recadastramento informatizado de todos os jazigos dos cemitérios de Nossa Senhora dos Mártires e São João Batista. Esse sistema norteará à administração na identificação dos túmulos abandonados e sem donos. Um levantamento preliminar apontou que 60% das sepulturas não têm documentação. Ainda de acordo com o administrador, a intenção da Prefeitura é construir um cemitério na região do planalto, contudo, os estudos de impactos ambientais inviabilizaram qualquer investimento desde a administração passada.

O único cemitério da cidade que ainda recebe novos sepultamentos é o do Mararu. Lá, uma parte é administrada pela comunidade e a outra parte pela Prefeitura. “Mas também o local já não suporta tanta gente”, avisou Carpegiane Aguiar.

Fonte: RG 15/O Impacto

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