Médico denuncia situação precária no Marajó

Consultório do posto de saúde em Salvaterra
Consultório do posto de saúde em Salvaterra

Falta de medicamento e médicos plantonistas, intimidação com os funcionários e ameaças. Essas são alguns dos problemas relatados na denúncia feita ao Diário Online (DOL) sobre a situação dos postos de saúde do município de Salvaterra, no arquipélago do Marajó.

Segundo o médico do município, Paulo Marcelo Braga, a situação no local é precária. “Uma das piores situações é na vila de Condeixa. No local, uma tenda foi montada, onde a separação é uma cortina. Toda a ética profissional é quebrada, já que o que falamos para o paciente, a pessoa que está ao lado escuta”, afirma.

Segundo Paulo, os enfermeiros também estão tendo que acumular funções. “Os enfermeiros ficam com medo. Eles tem que fazer ações fora do horário e se não quiserem participar são ameaçados de demissão. Eles querem que os profissionais trabalhem 12h, para receber R$ 100, o que é um absurdo e se eles não se recusarem, são ameaçados”.

Ainda de acordo com o médico, dentistas estão trabalhando sem assistentes e tendo que fazer eles próprios serviços como esterilização de equipamentos.

As deúncias foram protocoladas nos conselhos regionais de medicina e odontologia.

Armário com poucos medicamentos na unidade de saúde, na Vila de Condeixa
Armário com poucos medicamentos na unidade de saúde, na Vila de Condeixa

A denúncia aponta ainda que o prefeito do município, Valentim Lucas de Oliveira (PSDB), recebeu verbas para reformas e ampliações dos postos de saúde e também para a construção da sala de reanimação do Hospital Municipal. “Ele já recebeu o dinheiro e até agora nada foi feito”, diz Paulo.

Após a denúncia, o DOL entrou em contato com a secretária municipal de Saúde, Leila Cristina Freitas Marques, que negou todas as acusações. “Todas essas acusações estão sendo feitas porque acabou o contrato com o médico Paulo e a prefeitura não quis renovar”, afirma. À reportagem, o médico informou que não foi informado oficialmente sobre o fim do contrato.

“Eu desconheço essa questão de falta de medicamento. Todos os pedidos de medicamentos são enviados para os postos”, diz Leila. Quanto à denúncia das ameaças dos enfermeiros, ela diz que “os profissionais recebem R$ 3.090 líquidos. Quanto aos plantões, fica a critério de cada um escolher se quer ou não”. Porém, a secretária não confirmou o valor pago por plantão.

Leila disse inda que a prefeitura não recebeu verba para construir a sala de estabilização. “O que recebemos foi para a ampliação dos postos e isso está sendo feito em nove postos de saúde”, finaliza.

Fonte: DOL

3 comentários em “Médico denuncia situação precária no Marajó

  • 26 de junho de 2016 em 09:59
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    MÉDICO DENUNCIA SITUAÇÃO PRECÁRIA NO MARAJÓ
    Por: Paulo Marcelo Braga

    Segunda-Feira, 28/10/2013.

    http://www.diarioonline.com.br/noticia-261500-medico-denuncia-situacao-precaria-no-marajo.html?241316256

    O Diário Online publicou, no dia 28/10/2013,a matéria intitulada Médico denuncia situação precária no Marajó, eis alguns trechos:

    “Falta de medicamento e médicos plantonistas, intimidação com os funcionários e ameaças. Essas são alguns dos problemas relatados na denúncia feita ao Diário Online (DOL) sobre a situação dos postos de saúde do município de Salvaterra, no arquipélago do Marajó.Segundo o médico do município, Paulo Marcelo Braga, a situação no local é precária(…)os enfermeiros também estão tendo que acumular funções. ‘Os enfermeiros ficam com medo. Eles tem que fazer ações fora do horário e se não quiserem participar são ameaçados de demissão(…)Ainda de acordo com o médico, dentistas estão trabalhando sem assistentes e tendo que fazer eles próprios serviços como esterilização de equipamentos. A denúncia aponta ainda que o prefeito do município, Valentim Lucas de Oliveira (PSDB), recebeu verbas para reformas e ampliações dos postos de saúde e também para a construção da sala de reanimação do Hospital Municipal. ‘Ele já recebeu o dinheiro e até agora nada foi feito’, diz Paulo.
    Após a denúncia, o DOL entrou em contato com a secretária municipal de Saúde, Leila Cristina Freitas Marques, que negou todas as acusações(…)‘Eu desconheço essa questão de falta de medicamento. Todos os pedidos de medicamentos são enviados para os postos’(…)Leila disse inda que a prefeitura não recebeu verba para construir a sala de estabilização. ‘O que recebemos foi para a ampliação dos postos e isso está sendo feito em nove postos de saúde’, finaliza”.

    COMENTÁRIOS ESCLARECEDORES:

    1 | Everaldo – 10/01/2014 às 11:53:42

    E assim as coisas vão acontecendo. Secretária de saúde sempre viajando, um dia porque o filho tem dor de ouvido, o outro porque a unha da filha está encravada, outro porque tem reunião de pais na escola e qualquer motivo é motivo pra estar em Belém. Pacientes diabéticos, hipertensos e de saúde mental sem medicações e tudo é muito normal. Demitem funcionários que reclamam das condições de trabalho, contratam pessoas desqualificadas para o serviço da saúde, entregam a secretaria de saúde nas mãos de uma coordenadora despreparada e a gestão Valentim Lucas vai mostrando ao povo como ele governa. Isso mesmo, pensem bem se é isso mesmo que vocês querem se ele se candidatar novamente a uma reeleição.

    2 | Wilson Machado – 03/11/2013 às 22:13:02

    O SINDMEPA já esta agendando visita a região do Marajó…
    3 | Sahh – 03/11/2013 às 09:24:09
    Depois que esta secretária de saúde entrou na secretaria, foram tirados férias dos funcionários, terço de férias, décimo terceiro salário e sem contar no FGTS que é descontado dos funcionários e não é repassado ao INSS. Com tantos outros servidores como Cirano, Dna Marli, Dinho, Plinio… que teriam competência pra assumir esse cargo, deram para uma pessoa que não tem conhecimento nenhum de leis, pois o que ela está fazendo é contra a lei.

    4 | cleidiane assunção barbosa – 31/10/2013 às 12:36:18
    Esta secretaria não quer nem saber, não sabe nem o que está fazendo na secretaria, só sabe o caminho porque alguém mostrou. Não tem ética, não tem competência para o cargo que ocupa. Nas ações da zona rural, só vai pra “MODELO”, tirar fotos e postar no facebook para o prefeito pensar que ela está trabalhando muito. Tudo mentira dela, quem resolve tudo é a equipe da secretaria de saúde e os enfermeiros, ela só chega quando está tudo pronto, vai pra ação, se tranca numa sala pra fazer preventivos (Porque não quer contato com a população), depois sai da sala quando tem muitas pessoas, tira fotos fazendo POSE de quem trabalha muito e posta na net pra pensarem que ela está fazendo alguma coisa. Esta é a secretaria de Salvaterra. E quem está nas ações sabe que é verdade, pois não é cego.

    5 | osmarina – 31/10/2013 às 12:23:33

    E o prefeito dizer que o município deve muito e por este motivo estão tirando dos funcionários. Se em 8 anos da outra gestão deu pra pagar direito, agora que este está ao lado da maquina não pode??? Hei povo, ACOOOOOORDA. Prestem atenção, ele vai tentar uma reeleição ou indicará um comparsa pra continuar mamando na prefeitura. MUITO CUIDADO…..

    6 | joão batista nascimento – 31/10/2013 às 11:56:58
    O hospital está se desmanchando, os banheiros interditados por falta de manutenção. Sujos como as privadas. Nem papel higiênico tem. E acham mais fácil colocar uma plaquinha escrito INTERDITADO do que chamar um encanador. Alguém já prestou a atenção na sujeira dos ventiladores, banheiros, vidros, etc… Mas a diretora está toda semana pra Belém junto com a secretária de saúde, ou elas revezam, um dia vai uma e depois vai a outra. A diretora está sempre doente ou está em aula, qualquer desculpa é desculpa pra estar em Belém e quando um funcionário atrasa ou falta, querem atestado médico. Sabem por que??? Porque só elas podem estar em Belém, fazendo turismo é o que elas querem. Por isso não tem tempo de ver a situação dos auxiliares de enfermagem se tem ou não COREN , se fazem ou não suturas, se tem ou não médico plantonista no hospital, etc…

    7 | cristina nascimento – 31/10/2013 às 11:52:13
    Dizem que enfermeiro é obrigado a fazer plantão, não é não. Obrigado são os auxiliares de enfermagem fazendo plantão sem médico, esses sim são obrigados, pois não tem pra onde correr. Passando até fome. Nesta gestão nem pão seco tem pra servidores. Com o dinheiro que estão roubando (Décimo terceiro e o terço de férias e mais o FGTS que descontado e NÃO é repassado) dos dentistas, psicólogos, nutricionistas, enfermeiros, fisioterapeutas ainda não deu pra comprar nem pão pro café da manhã? Este é o prefeito que o povo quer.

    8 | gustavo silva costa – 31/10/2013 às 11:49:26
    E a secretaria ainda tem a coragem de dizer que o contrato do médico acabou… como se estivesse tudo bem. Auxiliares de enfermagem fazendo suturas, atendendo, prescrevendo e fazendo procedimentos médicos na pobre população, coisas muito graves acontecendo em Salvaterra. O prefeito em uma reunião disse que esta mulher é o perfil de uma secretária que ele procurava???? É este perfil que ele quer para a população que elegeu ele???? Auxiliares de enfermagem que nem certificado do COREN tem estão atendendo numa EMERGENCIA enquanto o médico plantonista sob-aviso ganha R$ 1000.00 pra ficar em casa???? Está tudo registrado no livro da emergência, basta conferir. Cadê a diretora do hospital que não quer ver isso? Cadê o COREN???? Heiiii CRM, cadê vocêeeeee, eu vim aqui só pra te ver!!!!!!!
    9 | Tatiana – 30/10/2013 às 20:47:38
    Não esquecendo que quando esta secretária de saúde entrou já foi cortando férias dos servidores, tirou todos os direitos como terço de férias e décimo terceiro salário. Ninguém mais tem direito a nada, exceto uma sobre carga de horários extras e acumulo de trabalho que é de responsabilidade de uma coordenadora despreparada que recebe R$ para isso, mas quem desenvolve o trabalho é a equipe de enfermeiros do município.

    10 | Dulcinéia – 30/10/2013 às 17:40:54
    É a mais pura realidade. Não tem medicamentos, enfermeiros são obrigados a manter carga horária de mais de 10 horas, saem do posto de saúde e são obrigados a ficarem na secretaria de saúde em “REUNIÃO” para ensinarem a coordenadora de programas a realizar seu serviço, pois a mesma não tem prática. Ela recebe pra isso, mas quem faz o serviço é a equipe de enfermeiros do município. Os plantões do hospital são de 12 horas cada, sendo que ganham R$ 100,00 porem são obrigados a fazerem 48 horas direto, e quando se negam, são ameaçados de demissão e sofrem perseguição. Quando algum enfermeiro diz que não é dessa forma que se faz, é demitido. É uma secretária de saúde sem experiência que está afundando a saúde e a equipe de profissionais do município, é uma pena.

    11 | Antonio Sergio – 29/10/2013 às 07:09:11
    É simples…as prefeituras contratam profissionais que se submetem as piores condições de trabalho…para receber (quando recebem) um salário de garimpo…agora com o programa enganador do mais médicos os prefeitos estão demitindo quem bem ou mal atendia a população destes municipios remotos !

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  • 10 de janeiro de 2014 em 11:52
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    E assim as coisas vão acontecendo. Secretária de saúde sempre viajando, um dia porque o filho tem dor de ouvido, o outro porque a unha da filha está encravada, outro porque tem reunião de pais na escola e qualquer motivo é motivo pra estar em Belém. Pacientes diabéticos, hipertensos e de saúde mental sem medicações e tudo é muito normal. Demitem funcionários que reclamam das condições de trabalho, contratam pessoas desqualificadas para o serviço da saúde, entregam a secretaria de saúde nas mãos de uma coordenadora despreparada e a gestão Valentim Lucas vai mostrando ao povo como ele governa. Isso mesmo, pensem bem se é isso mesmo que vocês querem se ele se candidatar novamente a uma reeleição.

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  • 29 de outubro de 2013 em 09:18
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    Normal, se tivessem votado pela divisão dos estados o Parazinho poderia lhes atender melhor, mas como não tem dinheiro pra todo mundo, vão ficar sofrendo as consequências porque a grana mal da pra grande Belém. O interior que se dane!

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