Operação da Polícia Federal prende dez pessoas em Belém

Operação da Polícia Federal

A Polícia Federal divulgou em nota o balanço da operação “Check in”, deflagrada na manhã desta quarta-feira (15) nos estados do Pará, São Paulo, Amazonas e Amapá. Dos 15 mandados de prisão, foram cumpridos doze, sendo dez em Belém, um em São Paulo e um em Macapá; e todas as 49 ordens de busca e apreensão foram executadas.

A operação estava a cargo do Grupo de Combate a Crimes Financeiros (GRFin), da Polícia Federal do Pará, coordenada pela  Delegada de Polícia Federal Milena Ramos.

Durante os mandados  de busca e apreensão os policiais confiscaram os valores totais de R$173.333.00, 107.000 euros, 1.450 libras, 4.360 rubros, 5.450 em moedas da república Tcheca, 88.387 dólares americanos, 2.555 dólares surinameses e 10.600 dólares guianeses. Foram arrecadados também, três veículos de luxo e jóias, bem como pedras preciosas como gema e diamantes, material que ainda está sendo periciado.

Operação “Check in”

O Inquérito Policial nº 389/2009 da Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal do Pará foi instaurado visando apurar a prática de crime contra o Sistema Financeiro Nacional (SFN) e a “lavagem de dinheiro” do grupo que possui abrangência nacional, nos Estados de Rio de Janeiro, São Paulo, Amazonas, Goiás, Minas Gerais e Amapá, bem como o Pará, onde o grupo tem residência e estabeleceu sua base de negócios criminosa. Durante as investigações, foi identificada a atuação de dois grupos com condutas bem definidas, porém, ligadas entre si, fazendo parte de uma rede criminosa.

Os policiais Federais concluíram que os grupos atuavam no Aeroporto Internacional de Belém  e em casas de câmbio, instaladas no centro comercial da capital paraense. O grupo que atuava no aeroporto tem um forte esquema de compra e venda de moeda estrangeira, já os que atuavam em casas de câmbio apresentaram fortes indícios de envolvimento com a ação criminosa, abastecendo-se com moedas estrangeiras obtidas ilegalmente pelo grupo do aeroporto, oriundas dos vôos do Suriname, vindos posteriormente comercializar tais moedas em seus estabelecimentos totalmente à margem dos órgãos de fiscalização.

Além de operações com moedas estrangeiras, o grupo também negociava clandestinamente ouro, este procedente da Guiana Francesa e Suriname, com possibilidades de origem também de cidades no Brasil, como Itaituba.

A Polícia Federal identificou que a rede de criminosos realizava transações com moeda proveniente da Guiana Francesa, mais especialmente das cidades de Caiena e Kourou, de onde enviam remessas de euro para a cidade do Oiapoque/AP. Tais remessas são transportadas para Macapá/AP e desta para diversos lugares do Brasil, seja através de companhias aéreas através de remessas feitas com a declaração de documentos ou de pessoas, chamadas de mulas que transportam dinheiro preso ao corpo.

Algum dos alvos já foi investigado durante a deflagração da “Operação Farol da Colina”, realizada 2004 e um deles considerado como um dos chefes da organização. José Alves de Lima Junior já tem condenação penal em 1ª instância na Justiça Federal (18 anos de reclusão).

A Operação “Check in” utiliza 130 policiais Federais de diversos Estados do Brasil, que cumprem 15 mandados de prisão preventiva e 49 mandados de busca e apreensão expedidos pela 9ª Vara da Justiça Federal do Pará.

(DOL, com informações da Polícia Federal do Pará)

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