Escândalo: Educação no município de Curuá vira caso de Polícia

Manifestantes e vereador Romilson Cardoso protestando pelo fechamento de escolas nas comunidades de São Pedro e Rio da Ilha não se intimidaram com a presença da Polícia

Desde os primeiros dias do governo municipal do prefeito José Vieira de Castro (Zé da Marta) – MDB, lamentavelmente a área da educação vem sendo protagonizada por veementes críticas e recheada com muitas conturbações.

Vale salientar que esse gargalo com uma gestão sem norte e acéfala, começou com antagonismo e dissensões no âmago dos famigerados cargos de confiança. Ou seja, entre servidores com grau de parentesco de primeiro, segundo e terceiro grau (Nepotismo), tanto do gestor como da secretária municipal de Assistência Social, Sra. Rosilene Moraes, mulher do Prefeito.

Detalhe, o primeiro Secretário que caiu, foi o jovem David Moraes Neto, sobrinho da primeira dama. Simplesmente, o ex titular da pasta da educação não suportou tanto tráfico de influência, por parte do Prefeito, secretários, assessores e vereadores. O mesmo por não compactuar com ilicitudes, ficou praticamente fragilizado, alijado e preterido, ao ponto de pedir sua exoneração.

Na época, apenas com poucos meses de governo, os absurdos eram pertinentes aos super salários, sem que esses estivessem em consonância com o PCCR. Daí, por diante, sem controle e critérios, o setor ficou literalmente à deriva, já que a interferência de pessoas leigas, aos poucos foi desencadeando uma crise sem precedente. Com conseqüência, aflorou um seriado de problemas, tais como: professores de forma ilícita ganhando super salários fora da sala de aula, vigias de escolas ganhando mais que professor, atraso no pagamento dos trabalhadores, merenda fora dos padrões preconizados pelo MEC, escassez e insuficiência do cardápio escolar, falta e péssima qualidade do transporte escolar e desvio do dinheiro do FUNDEB para outras finalidades.

Com todos esses desmandos, eis que surge um problema atípico. O Prefeito, com a anuência de seu fraquíssimo assessoramento, resolveu fechar duas escolas nas comunidades do Paraná e Rio da Ilha. Os comunitários por sua vez, ficaram revoltados. No dia 06 de agosto, acompanhados com o único Vereador de oposição Romilson Cardoso, realizaram protestos e piquetes na frente da Prefeitura.

Pasmem! Como o Prefeito irredutível não quis receber os manifestantes pela parte da manhã, a esposa do Prefeito resolveu solicitar o aparato das polícias Civil e Militar, para dispersar os manifestantes. Como a mobilização era ordeira, não houve nenhum incidente.

Em resumo, o Prefeito apreensivo de responder mais um processo na esfera judicial, se flexibilizou e manteve os respectivos estabelecimentos escolares nas comunidades de origem São Pedro e Rio da Ilha, que já funcionam há mais de 40 anos formando cidadãos. Com isso, restabeleceu esse triste e lamentável episódio.

Por: Hemenegildo Garcia

Fonte: Jornal O Impacto

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