Aeroportos do Pará voltam a viver caos

Mais um dia de transtornos nos aeroportos do Pará. Quem precisou viajar teve que tirar paciência da bagagem para lidar com a falta de informações das companhias áereas que não explicaram o motivo dos atrasos. Dos 54 voos que partiram de Belém até o início da noite de ontem, 16 saíram atrasados e dois foram cancelados. No Aeroporto de Carajás (Parauapebas), quatro dos oitos voos também atrasaram. No Aeroporto de Marabá, dos 16 voos programados, pelo menos seis decolaram com atraso e um foi cancelado. Em Santarém, dois dos 14 voos que saíram do Aeroporto Maestro Wilson Fonseca sofreram atrasos. O único que não registrou problemas foi o Aeroporto de Altamira.

De acordo com a Infraero, a média nacional dos atrasos de voos domésticos foi de 28,6%. O Aeroporto Internacional de Belém ficou acima da média com 29,6%. Os aeroportos de Marabá e Carajás também ultrapassaram este índice, com 37,5% e 50%, respectivamente, de atraso.

A companhia aérea que mais registrou o problema foi a TAM. Entre os registros, um avião que deveria ter decolado às 13h10 de Belém com destino a Brasília até às 16h41 ainda estava em solo paraense e os passageiros ainda esperavam pelo embarque. A falta de informação por parte dos funcionários da companhia foi o que mais revoltou os passageiros, que até então estavam sem previsão de horário para sair da capital paraense.

Revoltado com a situação, um passageiro que não quis se identificar ameaçou entrar com um processo judicial contra a empresa. Ele estava com os dois filhos (um aparentava ter cerca de dois anos de idade) e a esposa. “Vou já denunciar”, disse ele. A saída para ele foi embarcar em outro voo, com destino a Marabá e, de lá, seguir para Brasília.

A nossa equipe de reportagem tentou falar com a supervisão de voos para saber o motivo do atraso, mas a funcionária, que se identificou apenas como Rosinelly, disse que não tinha autorização para falar sobre o assunto com a imprensa, nem com os passageiros. Questionada sobre a possibilidade de falhas mecânicas no avião ou problemas de rota ela respondeu que não sabia de nada.

O passageiro Otávio Marques também ameaçou processar a TAM caso perdesse o emprego. Ele precisava chegar ao Rio de Janeiro antes das 20h e o seu voo era o que tinha escala em Brasília. “Já estamos no final da tarde e ainda nem saímos de Belém. A que horas vamos chegar em Brasília? E a que horas eu vou chegar ao Rio? Se eu perder o meu emprego a TAM vai me dar outro?”, reclamou. No final da noite a TAM alegou que o mal tempo em alguns aeroportos brasileiros motivou os atrasos em boa parte de sua malha aérea, inclusive em conexões internacionais.

O Liberal

rtvpontanegra.com

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