Santareno faz sucesso na Rede Globo da Bahia
Mauro Anchieta é santareno, jornalista e repórter da Rede Globo, atuando na TV Bahia, está constante no Jornal Nacional com excelentes reportagens. Confira a entrevista exclusiva concedida à nossa reportagem:
Jornal O Impacto: Conte-nos sobre sua trajetória jornalística?
Mauro Anchieta: Já são vinte e um anos de caminhada. Eu me formei em jornalismo em 1990, na Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto – SP) e logo ingressei como estagiário na EPTV, emissora da Rede Globo em Ribeirão. Não demorei a ir para a reportagem. Sempre fui fascinado pelo trabalho na rua, na linha de frente. Permaneci no interior paulista até 2000, quando me transferi para Salvador. Em 2004, atendendo a um convite da Rede Globo, fui para Maceió, como correspondente do Jornal Nacional. Após quatro anos, fui chamado de volta pela TV Bahia para integrar o núcleo de repórteres de Rede.
Jornal O Impacto: Nestes últimos anos muito se discutiu sobre a obrigatoriedade ou não do diploma de jornalista para exercer a profissão. O que você acha disso?
Mauro Anchieta: A Faculdade, por si só, não basta para formar um bom jornalista. O talento é o requisito número um. Mas continuo achando que os profissionais da área necessitam de formação específica. Nossa responsabilidade social é enorme e não deve ser negligenciada, sobretudo, do ponto de vista ético. A Rede Globo dá preferência para profissionais oriundos das universidades. Voltando ou não a obrigatoriedade do diploma, penso que o ensino de jornalismo no Brasil precisa passar por uma profunda revisão. Muitas faculdades são meras fábricas de diplomas.
Jornal O Impacto: Como você vê a questão do site Wikileaks que divulgou várias informações na Internet, inclusive uma, ao comparar o Estado do Pará como “faroeste”, “terra sem lei”?
Mauro Anchieta: Para nós, paraenses, é claro que soou ofensivo. Mas é razoável admitir que, pelo menos em relação a algumas ações do Estado, as informações vazadas pelo site não estavam distantes da verdade, e isso precisa mudar. No entanto, não dá para generalizar. Chamar o Pará de “terra sem lei” é um exagero. O pior é que, vindo dos americanos, soou até irônico. Eles são uma sociedade armada até os dentes que acha normal manter rifles e pistolas no porão. Será que o faroeste é aqui?
Jornal O Impacto: Sobre a imprensa brasileira, qual um nome jornalístico quem vem se destacando no meio das Comunicações?
Mauro Anchieta: Tem muita gente boa. Para não abrir tanto o leque, vou falar sobre gente da minha área. Me refiro a veteranos repórteres de TV que continuam sendo referência, como o Ernesto Paglia, o Marcos Uchoa e a Sandra Moreira, todos com um texto primoroso e extremo bom gosto. O jornalismo policial do meu amigo Maurício Ferraz, do Fantástico, é vigoroso, assim como o trabalho do Eduardo Faustini, repórter investigativo também do Fantástico. Gosto ainda do estilo do José Raimundo e do Giácomo Mancini, com quem tenho o privilégio de trocar figurinhas na TV Bahia.
Jornal O Impacto: Qual a mensagem que você deixa aos acadêmicos de jornalismo e aos jornalistas santarenos?
Mauro Anchieta: Estou há quase 30 anos longe de Santarém e não sou a pessoa mais indicada para falar sobre a imprensa local. Conheço pouco. Mas, torço para que os jornalistas egressos das faculdades aí consigam dar conta do desafio de tornar a imprensa da terra cada vez mais profissional, com o apoio da turma mais antiga. É preciso estar em sintonia com o que se faz nos grandes centros do País. Buscar o melhor tem que ser a meta sempre. Santarém merece.
Jornal O Impacto: Bate bola – Família:
Mauro Anchieta: Se existe algo mais importante, ainda não conheço.
Jornal O Impacto: Fé:
Mauro Anchieta: Sou católico.
Jornal O Impacto: Ética:
Mauro Anchieta: Imprescindível
Jornal O Impacto: Poder:
Mauro Anchieta: Seria maravilhoso ter poderes para ajudar este mundo a fazer mais sentido, o que só vai acontecer quando a injustiça social for varrida do planeta.
Jornal O Impacto: Mauro Anchieta x Mauro Anchieta:
Mauro Anchieta: Uma pessoa que vive em paz com a família e o trabalho. Para mim, é mais que suficiente.
Por: Jorge Serique