Paraenses se unem para ajudar o Rio

Voluntários, Cruz Vermelha, Defesa Civil e empresas já articulam apoio (Foto: Thiago Araújo)

A tragédia que vitimou a população das cidades de Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis, no Rio de Janeiro, comoveu muitas pessoas ao redor do país. Prova disso é que em Belém, pessoas e entidades estão se mobilizando desde sexta-feira passada para enviar donativos à região.

São voluntários como Everton Fernandes, funcionário de uma companhia aérea que resolveu arregaçar as mangas e começar a campanha via Twitter ( @tonnnfernandes): “Eu não tenho parentes no Rio, mas me solidarizei com a situação difícil das pessoas lá e fui falando com os amigos na internet. Com os funcionários do aeroporto, pedi apoio da Gollog, que irá transportar tudo, e da Infraero, que cedeu uma sala para guardar as doações. Acho que já arrecadamos mais de meia tonelada em roupas e alimentos não perecíveis”, contou. Fernandes informa que a arrecadação segue até sexta, dia 21, no guichê da Gol. Não podem ser doados materiais de higiene líquidos – esses não podem embarcar.

VOLUNTÁRIOS

A Cruz Vermelha do Pará está mobilizando seus 7 mil voluntários para participarem da campanha nacional de arrecadação de donativos para as vítimas do Rio. “Apesar de não termos ainda apoio logístico de nenhuma companhia para enviar as doações, acreditamos que a Força Aérea Brasileira irá aderir à campanha. Por isso começamos a receber alimentos não perecíveis, material de higiene, roupas, colchonetes e água potável”, reforçou Marilene Malheiros, secretária geral da Cruz Vermelha no Estado.

Ela acrescenta que a Cruz Vermelha já conta com empresas parceiras como o Colégio Universo, que também começam a realizar campanhas de doação: a Unimed Belém e a FAP dão apoio logístico, enquanto o Shopping Boulevard servirá como posto de arrecadação a partir de amanhã. “Esperamos que os paraenses colaborem com os irmãos cariocas, pedimos que doem prioritariamente roupas, material de higiene, fraldas descartáveis e água potável. Um especialista em manejo de desastres da Cruz Vermelha Internacional, Chiran Livera, estará chegando hoje ao Rio para avaliar a situação e viabilizar ferramentas para a gestão de risco de desastres”, informou Marilene.

Levando as doações arrecadadas pela Cruz Vermelha, um dos voluntários será Carlos Silva, gestor do departamento de socorro e desastres da unidade do Pará. “Eu quero ajudar aquelas pessoas com a minha experiência e espero encontrar lá solidariedade e esperança. O meu trabalho funcionará na parte logística de distribuição dos donativos. Não me preocupo com os riscos que eu possa correr. Tomo as devidas precauções. Vamos levar também algumas macas daqui, que já ficarão por lá”. Silva viaja para o Rio na sexta e quer ficar até quando a Cruz Vermelha do Rio precisar.

A Defesa Civil do Pará também ofereceu auxílio, mas foi informada pela Defesa Civil do Rio de Janeiro que não havia necessidade no momento. De acordo com a Defesa Civil do Rio, até ontem as chuvas já haviam causado a morte de 665 pessoas e deixado 13.830 desalojadas e desabrigadas em três cidades da região serrana carioca.

Diário do Pará

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