DOS MALES O MENOR
Em todas as áreas do Poder Judiciário (Federal, Estadual, Trabalhista e outros), existe o incentivo para o acordo extrajudicial e judicial que deve ser homologado (aprovado, confirmado) pelo juízo da causa ou as partes acordantes ingressarem em juízo pleiteando a homologação do acordo.
Para os juízes e procuradores nas causas, não existe tanto o desgaste emocional e financeiro que traz um processo judicial, quanto para as partes litigantes.
Observe que quando as pessoas estão se desgastando em um processo judicial há uma deterioração de tempo, de dinheiro e da vida emocional. Ou seja, com Justiça não se brinca. É algo sério, que na maioria das vezes é melhor realizar acordo do que como diz o ditado popular, “pagar pra ver”. É um risco que você corre, as vezes, muito alto para se esperar por ele.
A degradação do tempo acontece com as partes que, podendo está trabalhando, cuidando de suas vidas e família, estão litigando em juízo ou fora dele. Um processo leva em regra quatro audiências, podendo ser mais ou menos. Cada audiência toma um turno todo do seu dia de trabalho. Além das reuniões com testemunhas e estratégias para defesa.
Os gastos financeiros, acontecem com as custas judiciais, honorários de advogados e uma condenação judicial que pode advir em um valor que você não está preparado para arcar.
Muitas partes não realizam acordo porque esperam mais da sentença, que muitas vezes saem decepcionados com ela. Ou “ganham (na sentença) mais não levam” na pratica, pois o processo demorou tanto que a outra parte já deu modo a não ter como arcar com aquela condenação. Desta forma, as partes ficam sem a solução para a causa. E o gasto financeiro já aconteceu.
A corrosão emocional, psicológica acontece muitas vezes de forma trágica. Existem pessoas que morreram por causa de um processo judicial. Você deve conhecer ou no mínimo, ter ouvido falar em fato semelhante. Não obtiveram equilíbrio emocional para um briga judicial.
Ainda após tudo isso, como o ser humano é falho, você corre o risco de mesmo tendo razão, não ter reconhecida sua razão pelo juízo da causa.
Lógico que nem toda causa, o interessante é o acordo judicial, mesmo que o juiz não goste, existem casos em que você não deve realizar acordo judicial. É Preciso pensar como muita sabedoria, com a razão, longe de emoções causadas pelo litígio.
Para isso, tem que ponderar os três tópicos: tempo, gastos e o psicológico. Com a prática, principalmente na área trabalhista, há ocasião em que é possível prever o que o juiz vai trazer na sentença. Isso é presumível conhecendo a causa, ouvindo as testemunhas e tendo o conhecimento jurídico de decisões em casos semelhantes ao que está sendo pleiteado e ainda o posicionamento do juiz sobre o que está manifestado no processo.
Falando dos juízes, todos preferem o acordo que o prosseguimento da causa. Pois mais rápido se resolve o litígio e ainda diminui o trabalho do poder judiciário.
Em regra, é melhor um mau acordo do que uma boa briga. A exceção é seguir em frente em um processo judicial.
Por: jacqueline Ferreira