PM morre vítima de leptospirose em Santarém

A mordida de rato, contato com fezes e urina do roedor pode ser mais perigosa do que se imagina. Esta semana, um triste caso abalou a cidade de Santarém no Oeste do Pará, principalmente familiares e amigos do PM Weider Viegas Viana, 35 anos, que morreu vítima de Leptospirose. Com a morte do policial militar, aumentou para quatro o número de mortes ocasionadas por mordida de rato, somente este ano, em Santarém. Weider, que estava na Polícia Militar há mais de 10 anos, era casado com a enfermeira Dilene Viana, 32 anos, com quem teve dois filhos: Daniel, de 13 anos, e David,de apenas 4 anos de idade.

Familiares informaram à imprensa que, após retornar de uma missão policial realizada no interior do Município, cerca de 20 dias atrás, Weider começou a apresentar febre e dores pelo corpo. Chegou a ficar internado por 17 dias com suspeita de Dengue, mas os exames não diagnosticaram a doença e nenhuma outra que pudesse justificar tanta dor, febre inchaço e mal estar no corpo do policial.

Há uma semana, o médico da PM que acompanhava o quadro clínico do policial achou por bem enviar uma amostra de sangue de Weider para a capital do Estado, para exames específicos, que diagnosticaram Leptospirose.

Weider, que havia recebido alta médica e passou quatro dias em casa com a família, teve que retornar ao hospital São Camilo, onde foi atendido, no começo da semana passada, 1º de março, quando chegou o exame confirmatório de Leptospirose. Desde então, ele passou a receber a medicação adequada para o tratamento da doença, mesmo seu estado de saúde não apresentando melhoras, o que levou o PM a ser internado na UTI por conta de uma parada cardiorrespiratória na manhã da última segunda-feira. Por volta das 14h do dia 8 de março, Weider veio a falecer, apesar dos esforços médicos e das orações de amigos e familiares.

Família diz que houve negligência médica – Segundo o irmão da vítima, a doença só foi confirmada através do exame realizado fora da cidade. A demora do diagnóstico pode ter sido a principal causa de complicação. “Meu irmão foi tratado como dengue, infelizmente ele não sobreviveu ao tratamento, foi demorado o diagnóstico. Inclusive ele voltou para casa depois que foi confirmado o caso da doença. Eu não queria culpar ninguém, mas eu acho que houve sim negligência. Demoraram muito, demoraram demais para diagnosticar o caso, tiveram que mandar pra fora os exames, foi para Santa Catarina, aí quando chegou já era tarde, paralisou os rins do meu irmão. O médico do quartel fez tudo para salvar meu irmão, mas infelizmente…”, relatou o irmão do policial, Alan Viegas.

O corpo de Weider Viegas foi sepultado no cemitério São João Batista, em Santarém, com honras militares.

Por: Carlos Cruz