Piloto suspeita de sabotagem em avião que caiu

Um avião monomotor Bonanza A36, prefixo PT – LFL, que fazia o trecho São José – Santarém, quando fez um pouso forçado em uma estrada de chão na comunidade de Santa Maria, região do Eixo Forte.

Pilotado por Paulo Adriano (Paulinho) e de propriedade do empresário Osmando Figueiredo, fez um pouso de emergência em um ramal próximo a rodovia Fernando Guilhon. O incidente aconteceu na sexta-feira, dia 11, às 14h20min. O dono do avião não estava a bordo. O piloto vinha com mais três amigos do aeroporto de São José, no planalto de Santarém.

Minutos antes, o piloto declarou ao controle de Santarém que estava a 10 milhas, cerca de 18 Km, e com duas horas de autonomia de combustível. Mas, logo em seguida o motor começou a falhar. Imediatamente o piloto mudou de tanque e tudo se normalizou. Porém, logo em seguida, outra falha do motor, respondendo somente com auxílio da bomba elétrica, que não foi o suficiente para garantir o pouso no aeroporto de Santarém. O piloto se viu obrigado a fazer um pouso forçado a menos de três quilômetros da pista de Santarém, em um ramal que dá acesso a comunidade de Santa Maria. Paulo Adriano demonstrou muita tranqüilidade e perícia ao colocar o avião em um pequeno ramal, com uma curva inclinada, livrando de rede elétrica e salvando todos os passageiros. Ninguém se feriu.

Tudo indica que a causa foi pane seca (falta de combustível). Mais ainda, a possibilidade de roubo de combustível é muito provável, uma vez que, segundo o comandante, a aeronave tinha combustível para mais duas horas de vôo. A prática de roubo de combustível é muito comum em nossa região, geralmente para serem usados e motocicletas.

SABOTAGEM – Em contato com a redação, o piloto da aeronave, Paulo Viana (Comandante Paulo) informou que a viagem que o avião faria até o município de Aveiro e depois voltar para Santarém precisaria de 100 litros de gasolina.

“O avião já tinha os cem litros, porém, por precaução, coloquei mais 60 litros. Dava para ir e voltar de Aveiro e ainda sobrava gasolina. Não tinha como a gasolina acabar e o avião ter que fazer um pouso forçado. Eu desconfio que o avião foi sabotado quando estava em Aveiro. Não posso provar nada, mas estamos apurando o fato. Tenho as notas fiscais que comprovam que o avião estava com 160 litros de gasolina”, disse Comandante Paulo à nossa reportagem.

Por: Manoel Cardoso