Lei prevê colocação de divisórias entre os caixas nos bancos de SP

Em São Paulo, os bancos vão ter que instalar divisórias entre os caixas para que o cliente que vai sacar dinheiro não seja vítima de violência quando sair da agência. A lei foi publicada nesta quarta-feira (16) no Diário Oficial.

Os assaltos conhecidos como “saidinha de banco” começa, com os chamados “olheiros” dentro da agência, avisando qual a presa mais atraente para os criminosos do lado de fora e, muitas vezes, termina em assassinato.

Se a nova lei for mesmo aplicada, os bancos vão ter que criar divisórias de, no mínimo, um 1,80 metro para isolar os clientes nos caixas ou caixas eletrônicos daqueles que ficam em outras áreas da agência.

O autor da lei, Vanderlei Siraque (PT), diz que se algum ladrão tentar olhar por cima da barreira será colocado em suspeição. “Se o ladrão começar a fazer certa movimentação, aí o próprio vigilante do banco acaba desconfiando.”

A nova regra tenta dificultar o trabalho dos criminosos, mas também dá mais privacidade aos clientes do banco.

Já os bancos acham que as divisórias atrapalham a ação dos seguranças e até facilitam os assaltos. Em nota, dizem que “os marginais estarão protegidos pelas divisórias”. E, citando caso do empresário Ali Said Murat, assassinado em fevereiro, conclui que as vítimas desse tipo de crime são escolhidas ao acaso.

Imagens de circuito interno dos locais mostram, no entanto, que olheiros agem nas agências, avisando os criminosos pelo celular. A lei ainda precisa ser regulamentada. Depois da regulamentação, os bancos vão ter 90 dias para se adaptar.

Do G1

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